Migrações para o campo através da reforma agrária: uma análise dos papéis da família nesse processo

Autores

  • Silvia Lima de Aquino Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Alex Alexandre Mengel Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT81517557

Palavras-chave:

Família, Migração, Reforma agrária, Assentamentos, Agricultores

Resumo

Este trabalho propõe realizar uma reflexão sobre a noção de família e suas relações com as migrações para o campo em virtude da reforma agrária. Para tanto, em um primeiro momento, problematizaremos a categoria família e o conceito de migração. Posteriormente, discutiremos a possibilidade da existência de um movimento contrário, isto é, de migrações para o campo através da criação de assentamentos rurais. Por fim, analisaremos relatos em que assentados destacam o papel da família na migração para o assentamento. Relatos estes apreendidos a partir da aplicação de entrevistas semiestruturadas e da observação participante nos assentamentos Ilha Grande e Che Guevara, localizados em Campos dos Goytacazes - RJ. Esta análise nos possibilitará, por um lado, perceber que a migração, quando relacionada ao debate sobre o campo, nem sempre pode ser tomada a priori, como um fenômeno negativo, se resumindo ao êxodo rural, já que pode estar relacionada ao retorno ou entrada de indivíduos no campo. E, por outro, que migrar não significa, necessariamente, ruptura de laços familiares, mas, em alguns casos, a única possibilidade de manutenção destes laços, sendo a família, independentemente de como é classificada pelos assentados, um elemento fundamental neste processo, seja como apoio ou como incentivo para os deslocamentos.

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Biografia do Autor

Silvia Lima de Aquino, Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Silvia Lima de Aquino é graduada em Ciências Sociais (bacharelado) pela Universidade Estadual do Norte Fluminense e graduada em Geografia (licenciatura) pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense. Especialista em Literatura, Memória Cultural e Sociedade pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense. Mestre em Ciências Sociais (Desenvolvimento Agricultura e Sociedade) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - CPDA/UFRRJ. Atualmente é doutoranda deste mesmo programa e bolsista FAPERJ Nota 10. Suas áreas de interesse são Sociologia, Antropologia, Sociologia Rural , Antropologia Rural e Sociologia Ambiental. Os temas mais frequentes em seu currículo lattes são: Integração produtiva, agricultura familiar, fomento florestal, Reforma Agrária, Migrações, Assentamentos, Agrotóxicos, Meio-ambiente, Movimentos sociais no campo.

Alex Alexandre Mengel, Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - CPDA/UFRRJ (2011); Atualmente é Doutorando em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - CPDA/UFRRJ. Suas áreas de interesse são Sociologia Rural, Economia Rural, Agroecologia, Políticas Públicas; Extensão Rural.

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Publicado

17-03-2013

Como Citar

AQUINO, S. L. de; MENGEL, A. A. Migrações para o campo através da reforma agrária: uma análise dos papéis da família nesse processo . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 8, n. 15 Fev., 2013. DOI: 10.14393/RCT81517557. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/17557. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos