Vilas Rurais: uma estratégia governamental para amenizar a luta pela terra

Autores

  • Aurea Andrade Viana de Andrade Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Campus de Campo Mourão
  • Elpídio Serra Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT71413838

Palavras-chave:

Estado, Capital, Modernização agropecuária, Território, Vilas Rurais

Resumo

O presente trabalho discute os aspectos da modernização da agricultura e seus impactos sócio-espaciais no estado do Paraná, bem como a gênese e desenvolvimento das Vilas Rurais. As transformações recentes no cenário agrário paranaense foram amplamente condicionadas pela articulação do Estado e capital e se intensificaram a partir da década de 1970. Esse processo foi associado à disseminação das culturas modernas da soja e do trigo, responsáveis pelo aumento do movimento migratório dos agentes sociais, excluídos deste processo. Em meio a essas transformações e mudanças de significado do espaço rural, emergem as Vilas Rurais derivadas da urbanização. O sentido do programa Vila Rural condensa significados antagônicos: se, pôr um lado, beneficia os deserdados do progresso econômico; por outro, resolve a carência de mão-de-obra no campo paranaense. Neste sentido, a ambiguidade do programa é legitimada. Contudo, a condição de miséria em que a maioria desses assentados vivia, em parte foi amenizada pelo menos com habitação. Quanto às condições para mantê-los nas Vilas, dependerá do apoio contínuo do Estado, o que é preocupante, dado às rivalidades políticas.

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Biografia do Autor

Aurea Andrade Viana de Andrade, Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Campus de Campo Mourão

Professora Adjunta do curso de Geografia. Doutoranda do curso de pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá.

Elpídio Serra, Universidade Estadual de Maringá

Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá.

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Publicado

20-08-2012

Como Citar

ANDRADE, A. A. V. de; SERRA, E. Vilas Rurais: uma estratégia governamental para amenizar a luta pela terra . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 7, n. 14 Ago., 2012. DOI: 10.14393/RCT71413838. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/13838. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos