Antologia Poética, de Drummond
a face do autoantologista
DOI:
https://doi.org/10.14393/AM-v21n1-2024-76166Palavras-chave:
Antologia poética, Carlos Drummond de Andrade, Autoantologia, EdiçãoResumo
Este ensaio propõe uma leitura da Antologia poética (1970), de Carlos Drummond de Andrade, destacando o processo pelo qual o autor passa a selecionar e a organizar seus poemas. Drummond, agindo como seu próprio antologista, oferece nova perspectiva sobre sua produção poética ao criar uma narrativa própria e subjetiva de sua obra poética, de Alguma poesia (1930) até Viola de bolso: II (1952). Além disso, a pesquisa explora como a coletânea permite ao autor refletir e dialogar com as fases de sua carreira, destacando temas e estilos específicos que marcam a evolução de sua escrita. A antologia é apresentada como um instrumento de autocrítica e reinvenção artística, em que Drummond busca construir uma identidade literária consistente e coesa. Ao contextualizar a obra dentro da trajetória do autor, o estudo revela a complexidade e a intencionalidade por trás das escolhas de Drummond, tornando a antologia uma peça fundamental para entender sua poética e seu impacto no cenário literário brasileiro.
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