Use of territory and financial valuation: the Cosan Group and the Brazilian sugar-energy sector
PDF-pt (Português (Brasil))
PDF-en

Keywords

Financialization of the economy
Use of territory
Sugar-energy sector
Cosan S.A.

How to Cite

SILVA, L. R.; PEREIRA, M. F. V. Use of territory and financial valuation: the Cosan Group and the Brazilian sugar-energy sector. Sociedade & Natureza, [S. l.], v. 35, n. 1, 2023. DOI: 10.14393/SN-v35-2023-68172. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza/article/view/68172. Acesso em: 22 jul. 2024.

Abstract

The structural changes that have occurred in contemporary capitalism, brought new conditions for the use of territory in Brazil. Consequently, it can be observed the insertion of new agents from the financial sphere, notably investment funds, corporate investors, and high net-worth individuals, who started to participate, directly and indirectly, in the productive processes in various sectors that take place in the Brazilian territory. This process was evaluated in this paper, through the empirical situation of Cosan Group, the main controller of the Brazilian sugar-energy sector (production of sugarcane and sugarcane derivatives).  Our analysis was based on secondary data on the agricultural and agro-industrial production of this group, as well as the strategies and characteristics related to the financialization of the company (such as initial public offering, investor behaviour, among others) and financial issues, using information obtained from public and private databases. The analysis of the use of territory by the Cosan Group makes it possible to identify the transformations associated with the insertion of this agent into the current dynamics of financialization of the economy and the inherent territorial implication of this process. The strategies of the use of territory adopted by the Cosan Group, in the current context of financial accumulation, were mainly guided by the need for financial valuation, which occurred fundamentally through the mobilization of public funds and the territorial expansion of productive activities.

https://doi.org/10.14393/SN-v35-2023-68172
PDF-pt (Português (Brasil))
PDF-en

References

AMARAL, M. S. Breves considerações acerca das teorias do imperialismo e da dependência ante a financeirização do capitalismo contemporâneo. Pensata., v. 3, p. 80-96, 2013.

ARRIGUI, G. A lógica territorial do capitalismo histórico. Adam Smith em Pequim: origens e fundamentos do século XXI. São Paulo: Boitempo, 2008.

ARROYO, M A vulnerabilidade dos territórios nacionais Latino-americanos: o papel das finanças. In: LEMOS, A. I. G.; SILVEIRA, M. L.; ARROYO, M. (org). Questões territoriais na América Latina. Buenos Aires: Clacso/São Paulo:USP, 2006. p.177-190.

BENKO, G. Economia, espaço e globalização na aurora do século XXI. São Paulo: Hucitec, 1999.

BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Consulta operações. 2021. Disponível em https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/transparencia/consulta-operacoes-bndes. Acesso em: 7 ago. 2021.

BOECHAT, C. A.; PITTA, F. T. Flex crops e a mobilidade do capital da Cosan/Raízen. In: BOECHAT, C. A. (Org). Geografia da crise no agronegócio sucroenergético: land grabbing e flex crops na financeirização recente do campo brasileiro. Rio de Janeiro: Consequência, 2020. p. 83-125.

CARNEIRO, R. M. Commodities, choques externos e crescimento: reflexões sobre América Latina. CEPAL – Serie Macroeconomía del Desarrollo. N. 117. Santiago, Chile: Nações Unidas, 2012. Disponível em: https://repositorio.cepal.org/handle/11362/5349. Acesso em: 05 mai. 2020.

CASTILLO, R. Dinâmicas recentes do setor sucroenergético no Brasil: competitividade regional e expansão para o bioma cerrado. Geographia, Niterói, v. 17, n. 35, 2015, p. 95-119. https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2015.v17i35.a13730

CHESNAIS, F. A finança mundializada: raízes sociais e políticas, configuração, consequências. São Paulo: Boitempo, 2005.

CHESNAIS, F. A proeminência da finança no seio do “capital em geral”, o capital fictício e o movimento contemporâneo de mundialização do capital. In: BRUNHOFF, S., et al. (org.). A finança capitalista. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2010. p. 95-183.

CHRISTOPHERS, B. The limits of financialization. Dialogues in human geography. 2015, n.5 v.2, 183-200. https://doi.org/10.1177/2043820615588153

CONTEL, F. B. The financialization of the Brazilian territory: from global forces to local dynamisms. Springer, 2020. https://doi.org/10.1007/978-3-030-40293-8

COSAN. Avisos, comunicados e fatos relevantes. Página na internet. 2021. Disponível em: https://www.cosan.com.br/publicacoes-cvm-e-sec/avisos-comunicados-e-fatos-relevantes/. Acesso em: 10 dez. 2021.

COSAN. Serviço aos investidores. 2022. Página na internet. Disponível em: https://www.cosan.com.br/servicos-aos-investidores/dividendos/. Acesso em: 25 set. 2022.

COSAN. Prêmios e reconhecimentos. Página na internet. 2023. Disponível em:

https://www.cosan.com.br/comunicacao-e-imprensa/premios-e-reconhecimentos/. Acesso em: 13 abr. 2023.

DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.

DELGADO, G. C. Do capital financeiro na agricultura à economia do agronegócio: mudanças cíclicas em meio século (1965-2012). Porto Alegre: UFRGS, 2012.

DOWBOR, L. A era do capital improdutivo. São Paulo: Outras Palavras, 2017.

ECONOMATICA. Página na internet. Disponível em: https://economatica.com/. Acesso em: 10 fev. 2020.

ECONOMATICA. Página na internet. Disponível em: https://economatica.com/. Acesso em: 16 mar. 2021.

GUEDES, S. et. al. Trajetórias e indicadores econômico-financeiros na agroindústria canavieira: o caso do grupo Cosan. In: SANTOS, G. R. Quarenta anos de etanol em larga escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas. Brasília: IPEA, 2016. p. 83-112.

HARVEY, D. A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1989.

IBGE. Geociências. 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html. Acesso em 28 mar. 2020.

IBGE/SIDRA. Sistema de Recuperação Automática do IBGE. 2018. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/. Acesso em 26 mar. 2020

LAPAVITSAS, C. Financialised Capitalism: crisis and financial expropriation. Historical Materialism, 17(2):114-148, 2009. https://doi.org/10.1163/156920609X436153

LAPAVITSAS, C. Theorizing financialization. Work Employment Society. 25:611, 2011. https://doi.org/10.1177/0950017011419708

MENDONÇA, M. L.; PITTA, Fábio T.; XAVIER, Carlos Vinicius. A agroindústria canavieira e a crise econômica mundial. São Paulo: Outras Expressões, 2012.

OLIVEIRA, A. U. A Mundialização da Agricultura Brasileira. São Paulo: Iánde Editorial, 2016. v. 1. 545p.

OLIVEIRA, S. C.; ANDRADE, A. G.. Significant factors in the stock prices of the main companies in the sugar-energy sector in Brazil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e241997117, 2020. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7117

PAULANI, L. A crise do regime de acumulação com dominância da valorização financeira e a situação do Brasil. Estudos avançados. n. 23, v. 66, 2009. https://doi.org/10.1590/S0103-40142009000200003

PESSANHA, R. M. A “indústria” dos fundos financeiros: potência, estratégias e mobilidade no capitalismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2019.

PIKE, A; POLLARD, J. Economic Geographies of Financialization. Economic Geography. Clark University, v. 86, n. 1, 2010. p. 29-52. https://doi.org/10.1111/j.1944-8287.2009.01057.x

PINTO, M. J. A. Investimentos diretos estrangeiros no setor sucroenergético. 2011. 174 f. Tese (Doutorado) - Curso de Administração, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-17012012-152314/publico/MairunJAPinto_Original.pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.

RAÍZEN. Sobre a Raízen. Página na internet. 2020. Disponível em: https://www.raizen.com.br/sobre-a-raizen. Acesso em 14 mar. 2020.

REUTERS. Brazil Cosan IPO raises $1 bln, less than planned. Reuters. 2007.Página na internet. Disponível em: https://www.reuters.com/article/brazil-cosan-ipo/brazil-cosan-ipo-raises-1-bln-less-than-planned-idUSN1636429620070816. Acesso em: 9 jun. 2021.

SANTOS, M. Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012 [1996].

SANTOS, M. Espaço e método. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014[1985].

SANTOS, M; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2016 [2001].

SASSEN, S. Territory, authority, rights: from Medieval to Global Assemblages. Princeton University Press. 2017.

SILVA, L. R. Agronegócio globalizado e uso do território no contexto de financeirização: o Grupo Cosan e o setor sucroenergético brasileiro. 2022. 252 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.5313.

SOUZA, J. G. Local-global: território, finanças e acumulação na agricultura. In: LAMOSO, L. P. (ORG). Temas do desenvolvimento econômico brasileiro. Curitiba: Íthala, 2016. p. 55 – 97.

SVAMPA, M. Consenso de los commodities, giro ecoterritorial y pensamiento crítico en América Latina. Revista del Observatorio Social de la América Latina, Buenos Aires, ano XVIII, n. 32, p. 15-38, 2012.

VERDI, A. R; AOUN, S. O agronegócio brasileiro na globalização financeira: estratégia e dinâmica dos principais grupos. Revista de economia agrícola. São Paulo, v. 56, n. 1, p. 103-118, jan./jun. 2009. Disponível em: ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/rea/rea7-n1-09.pdf. Acesso em: 18 set. 2016.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Laís Ribeiro Silva, Mirlei Fachini Vicente Pereira

Downloads

Download data is not yet available.

Metrics

Metrics Loading ...