Résumé
Este texto faz uma reflexão dos levantes mobilizados pela Arte Indígena Contemporânea, mais especificamente aqueles enredados pelas giras e voltas que o manto tupinambá tem desenhado no diagrama da dita arte contemporânea brasileira. A partir das exposições Um outro céu (2020) e Kwá Yepé Turusú Yuriri Assojaba Tupinambá - Essa é a grande volta do manto tupinambá (2021), ambas agregadas em torno do trabalho de Glicéria Tupinambá e na ativação “Ativação Morî' erenkato eseru' - Cantos para a vida”, realizada por Daiara Tukano e Jaider Esbell, na exposição Véxoa: nós sabemos (2020), o Levante dos mantos reúne um conjunto de confrontos éticos-estéticos e políticos ante a autoridade e a naturalização do espúrio e dos saqueamentos coloniais, na expectativa de fazer ressoar as incessantes disputas de narrativas no campo das artes, com protagonismo do movimento autodeclarado como Arte Indígena Contemporânea (ESBELL, 2020).
Références
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