Anúncios

CHAMADA ABERTA

>>> Prazo de submissões: 30/06/2024

V5 N2 (2o. sem/2024) - DOSSIÊ: COMO VAI VOCÊ, 2013?

(for english, see below) 

Chamada para submissão de artigos do dossiê COMO VAI VOCÊ, 2013? Lutas políticas e práticas artísticas no Brasil Contemporâneo

A proposta para publicação do segundo semestre de 2024, consiste no tema “COMO VAI VOCÊ, 2013? Lutas políticas e práticas artísticas no Brasil Contemporâneo”.

O ano de 2013, se estendendo para 2014, marcou nossa história como um período de ocupação dos espaços públicos das grandes cidades no Brasil. Manifestações políticas de vertentes diversas, organizadas nas redes sociais, tomavam as ruas em luta por suas pautas. As imagens dessas lutas voltavam novamente para as redes, produzindo narrativas e debates intermináveis sobre o que afinal estava acontecendo. Se, por um lado, há quem defenda a ideia de que esse foi o período no qual o ovo da serpente fascista da ultradireita foi chocado, por outro lado, reduzir 2013 a isso seria simplista e desonesto. Movimentos pela democratização do  transporte urbano, pelo direito à moradia, contra a gentrificação, pelo direito à vida da população negra, favelada, LGBTQIAPN+, entre outras pautas progressistas históricas, ganhavam novo fôlego, no lastro de eventos e movimentos internacionais, como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, Occupy e Black Lives Matter.

Inseridas nesse contexto liminar de denúncias, deboches e subversão, as práticas artísticas foram fundamentais como ferramentas e armas de fazer ver e fazer fazer, engajando corpos em ações estético-políticas que, independentemente de se anunciarem como artísticas, se perguntavam “que mundo é esse no qual vivemos e como transformá-lo” (Coletivo 28 de Maio, 2014).

O ano de 2024 fecha o ciclo de 10 anos desse período. Brincando com o título da famosa exposição de 1984, lançamos a presente chamada para o número intitulado “Como vai você, 2013? Lutas políticas e práticas artísticas no Brasil Contemporâneo”. Diferente da exposição realizada na década de 80, centrada no nome de artistas, aqui nos interessa o que está acontecendo nas redes e nas ruas dentro de uma perspectiva coletiva, comunitária e colaborativa. Trata-se, portanto, de montar um caleidoscópio de textos originais que evoquem, rememorem e repensem o espírito do tempo de 2013, considerando suas contradições.

Privilegiaremos artigos e ensaios que versem sobre eventos, ações, práticas, experimentos e conceitos na relação entre arte e ativismo que, dentro de um espectro amplo, dialoguem com os acontecimentos estético-políticos vividos em 2013. Podendo ser dentro de uma perspectiva histórica, etnográfica, conceitual, imagética, entre outras, trazendo tanto os acontecimentos da época quanto acontecimentos posteriores e atuais que se façam como continuidade ou

contraponto.

Trata-se de um dossiê que procurará, a partir de suas colaborações, propor um retrato das fabulações políticas desenhadas e, infelizmente, ainda pouco exploradas dos Eventos de 2013, destacando os seguintes subtemas: contramonumentalidades, refletindo sobre os embates na relação com monumentos públicos; rebatismos, observando ações que implicam em renomear espaços públicos urbanos e seus desdobramentos; estéticas comunitárias, tratando das diferentes formas de organização e modos de vida comunitários; práticas de experimentação corporal e dissidências de gênero, discutindo os lugares do corpo e suas identidades; percurso histórico/teórico de ações estético-políticas, apresentando memórias, referências e outras questões histórico/teóricas que marcam o período.

As colaborações devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres e serem submetidas no sistema até dia 30 de junho de 2024. O  template e as orientações para autores se encontram no website da revista Estado da Arte. http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index

Editores:

Ítala Isis de Araújo, Professora substituta na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.

Jorge Vasconcellos, Professor Associado na Universidade Federal Fluminense/UFF, Departamento de Artes e Estudos Culturais/RAE e no Programa de Pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes/PPGCA-IACS-UFF

Contato: mpandrade@ufu.br

______________________________________________________________________________________________________________

HOW ARE YOU, 2013? Political Struggles and Artistic Practices in Contemporary Brazil

The years 2013 and 2014 left a significant mark on Brazilian history with widespread occupation of public spaces in major cities. Political demonstrations, organized through social media, flooded the streets as various groups fought for their causes. These events sparked endless debates and discussions online about their significance. While some argue that this period gave rise to far-right ideologies, reducing 2013 to this oversimplifies and ignores its broader context.

Movements advocating for urban transportation reform, housing rights, anti-gentrification efforts, and the rights of marginalized communities such as black, LGBTQIAPN+ populations gained momentum. These movements were influenced by international events like the World Cup, the Olympics, Occupy, and Black Lives Matter.

Within this backdrop of protests and social upheaval, artistic expressions played a crucial role in engaging people and challenging societal norms. Artists used their work to question the world around them and explore avenues for transformation.

As we reach the ten-year mark since these events, we invite contributions for a special issue titled "How are you, 2013? Political Struggles and Artistic Practices in Contemporary Brazil." Unlike previous exhibitions focusing solely on artists, we seek to examine the collective experiences shared on social media and in the streets. We aim to present a diverse array of perspectives that capture the complexities of 2013.

We welcome articles and essays exploring the intersection of art and activism during this period. Submissions may offer historical, ethnographic, conceptual, or imagistic insights, and should reflect on both the events of 2013 and their ongoing impact. We are particularly interested in themes such as counter-monumentalities, rebaptisms (renaming urban spaces), community aesthetics, and the historical and theoretical trajectory of aesthetic-political actions.

Contributions should be between 25,000 and 35,000 characters and must be submitted by June 30, 2024. Detailed submission guidelines can be found on the Estado da Arte magazine website https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/about/submissions.