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CHAMADA ABERTA

>>> Prazo de submissões prorrogado: 30/12/2022

V3 N2 (2o. sem/2023) - DOSSIÊ: A MIGRAÇÃO DAS IMAGENS

Chamada para submissão de artigos A MIGRAÇÃO DAS IMAGENS

A proposta para publicação do segundo semestre de 2023, consiste no tema “A migração das imagens”. Após um longo período em estado de suspensão, que impôs restrições ao movimento e fluxo dos corpos, as imagens, por sua vez, proliferaram em diversos suportes conferindo novas dimensões tanto para as relações sociais quanto para as abordagens artísticas. Se na era das imagens sublinham-se a capacidade de alternância, de sobreposições, de entrecruzamentos e também de apagamentos diversos, talvez seja mais apropriado entendermos esses deslocamentos como uma migração das imagens. Seguindo um ritmo e desejo interno, elas criam suas próprias regras sob um lugar de passagem, no qual uma imagem sempre encontra outras técnicas e assim amplia, distorce, desestabiliza e multiplica a si mesma. No trânsito migratório de sedução e reflexão, mas também pela capacidade de se subirem  umas às outras, elas são tudo e nada ao mesmo tempo, ou uma “mentira brilhante”.

Se a imagem migra, como pensar também a condição de artistas, em diferentes contextos? Não obstante as crises política, econômica e sanitária, artistas mantiveram-se atuantes, ainda que em um estado exílico, já que o "exílio" não denota apenas uma condição de alijamento político e territorial, mas também um estado de consciência. Considerando-se que a arte possa retratar um contínuo estado de suspensão, as abordagens da subjetividade humana se tornam cada vez mais multiplicadoras de uma sociedade que procura se atentar para as singularidades dos sujeitos. O poeta Pablo Neruda em seu poema sobre o exílio, narra a brevidade de nossa existência como a condição de quem transcorre seu tempo.

Essas breves considerações servem de escopo para pensar relações artísticas em uma sociedade globalizada, na qual, processos e processualidades podem ser colocados em questão. O exacerbado uso das tecnologias nas produções contemporâneas tem adensado os questionamentos visuais, políticos e sociais da arte, bem como tem evidenciado as conexões em escala global de mercados e instituições culturais que proliferam em função dos avanços nas tecnologias de comunicação.

Assim, privilegiamos para este número artigos e ensaios que versam sobre a migração das imagens (considerando suas múltiplas formas: visuais, textuais, gráficas, livros-objetos ou mesmo “não livros”, entre outras), assim como diferentes abordagens, por meio das práticas artísticas, de proposições que problematizam as noções de “território” e “exílio”. Entendemos que o hibridismo característico desse grande campo de discussão contribua para questionar as categorias fixas do pensamento e ampliar o diálogo acerca de práticas artísticas contemporâneas e suas estratégias de circulação e de migração. Sendo assim, convidamos artistas, teóricos e estudiosos da arte a discorrer e reelaborar essas noções em frentes discursivas originais.  Os artigos poderão privilegiar algumas dessas perspectivas, ou propor outras, seja na obra de um artista ou grupo de artistas; na análise de uma exposição ou coleção de arte; em uma intervenção artística, na dialética reflexiva sobre arte, sociedade e narrativas, etc.

As colaborações devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres e serem submetidas no sistema até dia 30 de dezembro de 2022. O  template e as orientações para autores se encontram no website da revista Estado da Arte. http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index

Camila Moreira Rodrigo Freitas e Aninha Duarte

Os Editores

Contato: revistaestadodaarte20@gmail.com

 

 

CHAMADA ENCERRADA

Call for papers - new deadline: June, 1st

Até 01 de junho de 2022

Dossiê: O espaço delas: artistas mulheres e poéticas tridimensionais

Este dossiê pretende reunir artigos, ensaios, resenhas e entrevistas, dentre outros tipos de produção textual, que tratem da atuação de mulheres artistas e de suas produções tridimensionais, entendidas aqui como herdeiras do campo escultórico, mas que ao longo do século XX se hibridizaram com outras linguagens e expandiram suas pesquisas plásticas da forma na direção da problemática do espaço e/ou do corpo, em diálogo com outras áreas do conhecimento. O dossiê tem organização de Tatiana Sampaio Ferraz e Marina Mazze Cerchiaro

Organização/ Editoras convidadas

Tatiana Sampaio Ferraz e Marina Mazze Cerchiaro

 Ao longo do século XIX e da primeira metade do século XX, muitos foram os obstáculos à atuação de artistas mulheres no campo da escultura, considerada por muitos uma “arte masculina”. Os desafios dessa linguagem são de ordens diversas - envolvendo desde seu alto custo em relação às outras modalidades, necessidades infra-estruturais de espaço de trabalho e equipamentos, até da ordem da exposição e da comercialização, como montagem, transporte e colecionismo privado. No entanto, a partir da segunda metade do século XX, muitas mulheres artistas passam a se dedicar à produção tridimensional, sendo inclusive reconhecidas pela crítica, pelas instituições e pelos historiadores da arte. Nesse período, a noção de escultura vai sendo modificada, hibridizando-se com outras linguagens e expandindo suas pesquisas plásticas da forma na direção da problemática do espaço e/ou do corpo, em diálogo com outras áreas do conhecimento. Embora as mulheres tenham tido papel fundamental nesse processo de mudanças da linguagem escultórica em direção a um “campo ampliado”, nos termos de Rosalind Krauss, muitas delas inovando no que diz respeito aos materiais, técnicas e processos de produção, suas trajetórias e poéticas foram, em muitos casos, obliteradas pela história da arte ocidental, em particular a moderna, que sempre privilegiou a pintura, a ponto de ser caracterizada por Walter Zanini como "empresa de pintores" (expressão cunhada no livro Tendência da Escultura Moderna, publicado em 1971).  

O dossiê O espaço delas: artistas mulheres e poéticas tridimensionais, organizado por Tatiana Sampaio Ferraz e Marina Mazze Cerchiaro, tem como propósito reunir artigos, ensaios, resenhas e entrevistas, dentre outros tipos de produção textual, que tratem da atuação das artistas e de suas produções tridimensionais, bem como dos modos pelos quais as dinâmicas de gênero incidem no “campo ampliado” da escultura. Nesse recorte, serão bem-vindas contribuições que enfoquem:

1) artistas e produções tridimensionais marginalizadas pela história da arte;

2) a atuação e os processos de inserção profissional e consagração das artistas;

3) materialidade, circulação e institucionalização das obras feitas por elas, buscando compreender as transformações sofridas ao longo do tempo;

4) produções contemporâneas que estabeleçam relações entre o feminino e poéticas tridimensionais;

5) poéticas tridimensionais a partir de perspectivas feministas;

6) práticas escultóricas, tridimensionais e/ou espacializadas em diálogo com o espaço urbano;

7) práticas escultóricas, tridimensionais e/ou espacializadas em diálogo com outras linguagens e áreas do conhecimento.

Esta chamada está aberta para publicação no volume 4 do primeiro semestre de 2023.

As colaborações podem ser em português, espanhol, inglês ou francês e devem ser enviadas até 30 de abril de 2022 pelo site:

 http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/about/submissions

Os textos devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres com espaços, incluindo todas as informações adicionais (resumo, palavras-chave, dados do autor, legendas, etc.). Também são aceitas submissões de traduções, curadorias, entrevistas, autorias, resenhas de livros, de exposições.

Artigos de temática livre, entrevistas e resenhas, dentro do campo das Artes Visuais, podem ser submetidos em fluxo contínuo. As normas para elaboração dos artigos estão disponíveis em um template no site.

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index

Os Editores

Contato: revistaestadodaarte20@gmail.com

 

III FÓRUM NACIONAL DE EDITORES DE PERIÓDICOS DA ÁREA DE ARTES PUBLICA CARTA ABERTA

Os editores de periódicos científicos da área de Artes, em assembleia ocorrida no dia 6 de maio de 2021, durante o encerramento do III Fórum Nacional de Editores de Periódicos da Área de Artes https://www.even3.com.br/forumeditores/ , realizado de modo remoto de 4 a 6 de maio de 2021, com 191 participantes inscritos, deliberaram pelo encaminhamento desta Carta Aberta, dirigida às agências de fomento e demais instituições, como estratégia de manutenção e fortalecimento da área frente às necessidades que se observam na atualidade.

Por certo, o apoio recebido por alguns periódicos não inviabiliza este empreendimento; ao contrário, o fortalece e, espera-se, deve servir de exemplo àqueles que se encontram em situação de quase mendicância para subsistir. Tal heterogeneidade de tratamentos requer especial atenção, uma vez que somente o apoio oficial garante a produção de conhecimentos necessários à nossa identidade enquanto nação plural, sem esquecer que a economia da cultura é um dos setores que mais cresce no país.

Neste sentido, o Fórum Nacional de Editores de Periódicos da Área de Artes, que congrega as publicações científicas da área de Artes, tem como objetivo promover e reforçar o lugar político e de visibilidade da área no contexto nacional da pesquisa, contribuindo com a maior profissionalização de editores e equipes editoriais, favorecendo a difusão regular e atualizada do conhecimento produzido pelas Artes. Com isto, ao atuar como porta-voz dos anseios e necessidades dos editores de artes, estimula o debate de questões emergentes e pragmáticas das publicações científicas, incentiva as parcerias com as associações de pesquisa e programas de pós-graduação, procura estreitar a comunicação com a CAPES e o aprimoramento do seu sistema de qualificação dos periódicos.

A urgência deste encaminhamento se justifica por demanda recorrente dos editores, em seus fóruns específicos, diante do momento político e de crise sanitária que tem passado o país, gerando grandes indefinições e preocupantes cortes de recursos, com potencial impacto sobre a pós-graduação brasileira e, consequentemente, sobre os periódicos da área de Artes.

Desta forma, para equacionar e melhorar a gestão e manutenção dos Periódicos Científicos vinculados às Universidades Públicas, sejam Federais, Estaduais ou Municipais, os editores reunidos neste III Fórum Nacional de Editores de Periódicos da Área de Artes, deliberaram pelo encaminhamento das seguintes demandas, para que estes pleitos sejam atendidos e agilizados nas diferentes esferas decisórias competentes.

Primeiramente dialogamos com a CAPES e o CNPq, agências de fomento fundamentais para o financiamento, apoio e divulgação da pesquisa realizada no Brasil. A estas agências demandamos:

  1. Manutenção do Edital - Programa Editorial.
  2. Ampliação das bases de dados – indexadores – para corte de aceitação dos periódicos. Neste sentido, o coletivo dos editores informa os indexadores que considera adequados à área de artes: DOAJ, RILM, EBSCO, Web of Science, Google Scholar, ProQuest, ROAD, JSTOR, SCOPUS, Scielo, Scimago, Latindex, Redib, LatinRev, Project MUSE, Base, Sumários, Amplificar, OpenAire, REDALYC, Revue.org, PLURIDOC, Diadorim. Com isso, projeta-se a ampliação do acesso de outros periódicos aos recursos disponibilizados pelas agências.
  3. Melhorar a valoração, no Currículo Lattes, das funções de: Editores Associados, Editor-Chefe, Avaliadores/Pareceristas.

Junto às Universidades, queremos que apoiem os seus periódicos através de:

  1. Valorização do trabalho do Editor-Chefe e dos Editores Associados, bem como dos Avaliadores/Pareceristas. De modo que:
  2. O Editor-Chefe tenha 10 horas/aula, em seu plano de Ocupação Docente, para exercer essa função.
  3. Que os Planos de Carreira dos Docentes avalie e pontue os trabalhos de Editoração e dos Pareceristas de periódicos.
  4. Que os Concursos para Docentes avaliem e pontuem os trabalhos de Editoração e dos Pareceristas de periódicos.
  5. Que as Universidades apoiem os seus periódicos através de suas Bibliotecas Centrais e de seus Portais de Periódicos, oferecendo apoio:
  6. No registro DOI (Digital Object Identifyer).
  7. Na aquisição e implantação de Programas de verificação de Similaridades para os artigos antes de sua publicação nos periódicos.
  8. Na oferta e manutenção de suportes para a Plataforma OJS3, realizando manutenção, atualizações e treinamento da equipe de editoria dos periódicos.
  9. Na oferta e manutenção de apoio para a utilização e domínio das mídias digitais.
  10. Na disponibilização de recursos financeiros ou humanos para revisão e tradução dos textos publicados nos periódicos.
  11. Os programas de Pós-Graduação que possuem periódicos científicos devem destinar bolsas de trabalho e recursos para a manutenção mínima dos seus periódicos.

As Fundações Estaduais de Apoio a Pesquisa devem direcionar sua atenção para que os periódicos das Universidades Públicas possam concorrer aos recursos destas fundações. Muitas destas Fundações não possuem programas específicos de apoio a editoria de periódicos científicos. Assim, demandamos que estas instituições passem a priorizar os periódicos como suportes vitais para o acesso aos resultados das pesquisas em andamento ou realizadas.

Desta forma, entendemos que, somente com os apoios aqui solicitados, poderemos dar continuidade efetiva à missão inerente aos periódicos científicos da área de Artes, assegurando o acesso ao conhecimento livre, gratuito e aberto, democratizando a nossa produção científica.

Maio de 2021

III Fórum de Editores de Periódicos da área de Artes Visuais

 

 

NOVA CHAMADA ABERTA

>>>>PRAZO  PARA ENVIO DAS CONTRIBUIÇÕES: 31/01/2022

DOSSIÊ: Eu estava aqui o tempo todo e você não me viu: desafios e conquistas da arte indígena contemporânea brasileira.

Organização/ Editoras convidadas: Kássia Borges  e Naine Terena

 

Poderia ser um verso ou uma poesia literária, mas a sentença “eu estava aqui o tempo todo e você não viu” é uma provocação do novo visível. A arte sempre esteve num lugar eurocêntrico dominante que nos levou a acreditar que o caminho seria o apagamento de outros modos de ver o mundo e de nossa origem. Essa sentença também pode ser um possível hiato para refletir sobre algo que se manifesta nas principais instituições no atual universo da arte.

Se algum dia lembrarmos deste fatídico momento que estamos vivendo, lembraremos da pandemia, da desestruturação da política e do confinamento. A única coisa de que teremos certeza é que nada será como antes... nem pedregulhos, cores, curvas, linhas ou volumes. Portanto, é neste momento que se faz necessário tratarmos da história dos vencidos, esta que está por ser escrita. Me refiro aos povos indígenas. Não podemos simplesmente aceitar a história que continua a arruinar a vida dos indígenas, nem o apagamento de suas culturas. Desde o início do processo de colonização, o Brasil vive sob a dominação ocidental europeia, branca e masculina, para não dizer machista. Uma realidade da qual a arte não escapou.

 No universo acadêmico e artístico, o que seria o processo de compreensão sobre a obra de arte e do ato criativo? Seria um ponto de vista sobre o mundo ou seria uma reflexão de onde viemos e quem somos? Penso ser importante se ter um certo saber de onde partimos, e de onde somos parte.  À beira da fogueira, durante o ritual Karajá "Hetohokā", todos dançam em volta dela, em círculo. É um ritual de passagem. Todo ritual é cíclico, circular, em espiral; é também um turbilhão no rio que vai e vem, mas que nunca para no mesmo lugar. O tempo passa e o que fica é o fluxo, a correnteza do rio; uma pororoca que também tem oca, maloca, locus, local. Qual é a nossa topofilia na história do Brasil colonizado? (...)

Os artistas indígenas de várias etnias que resistem e sobrevivem hoje se apresentam e estão presentes nas grandes galerias, museus e lugares antes colonizados e eurocêntricos, mostrando suas artes potentes e reveladoras. A porta de entrada deste momento, que espero ser preciso e assertivo, abre-se para um novo tempo de descoberta de quem realmente somos; isso é urgente e intransferível. Estamos assim reescrevendo uma outra história brasileira, onde o lugar de fala se faz presente. Essa reescrita suscita discussões e provocações a respeito desse terreno fértil da arte indígena contemporânea. Portanto, a revista Estado da Arte, do Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), abre seu espaço para um dossiê com artigos e outras proposições sobre arte contemporânea e a diversidade das expressões artístico-culturais que tenham, especificamente, enfoque e discussão sobre a arte contemporânea dos povos originários do Brasil.

Desse modo resgatamos a expressão “Eu estava aqui o tempo todo e você não me viu” como mote para reflexão e recorte temático sobre desafios e conquistas da arte indígena contemporânea brasileira. Convidamos pesquisadores e artistas a produzirem trabalhos em torno de questões como:

  1. Aestesis provocativas;
  2. Práticas curatoriais de artistas e curadores indígenas;
  3.  Proposições de outros modos de produzir arte contemporânea;
  4.  Poéticas indígenas nos tristes trópicos.

Esta chamada está aberta para publicação no volume 3 do segundo semestre de 2022.

As colaborações podem ser em português, espanhol, inglês, francês ou língua nativa dos povos originários e devem ser enviadas até 31 de janeiro de 2022 pelo site:

 http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/about/submissions

Os textos devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres com espaços, incluindo todas as informações adicionais (resumo, palavras-chave, dados do autor, legendas etc.). Também são aceitas submissões de traduções, curadorias, entrevistas, autorias, resenhas de livros, de exposições.

Artigos de temática livre, entrevistas e resenhas, dentro do campo das Artes Visuais, podem ser submetidos em fluxo contínuo. As normas para elaboração dos artigos estão disponíveis em um template no site:

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index

 

CHAMADA ENCERRADA:

DOSSIÊ: Arte ocupa: práticas criativas e ocupações no desenho da cidade

Organização: Patricia Osses (UFU) e Henrique Xavier

ARTE OCUPA: práticas criativas e ocupações no desenho da cidade é o tema da chamada para publicação no primeiro semestre de 2022. O dossiê se propõe a reunir reflexões teóricas e, também, ensaios visuais (desenhos, fotos, vídeos etc.) sobre práticas artísticas em sua relação com o espaço urbano. A perspectiva do dossiê tem em vista um escopo que vai das ocupações estudantis situacionistas de maio de 1968 parisiense que proclamavam "Não pedimos nada. Simplesmente tomamos e ocupamos"; até squats artísticos como a Ocupação Ouvidor 63, edifício de 13 andares no centro da cidade de São Paulo (onde coabitam e experimentam em sistema de autogestão mais de 100 artistas de toda a América Latina); passando por práticas de errâncias estético-políticas como as propostas pelo professor, arquiteto e andarilho Francesco Careri que atravessa a cidade desde seus vazios, ruínas e margens. Pensamos em uma grande cartografia coletiva em que vielas periféricas, prédios abandonados/ocupados, centros degradados e demais espaços inflamáveis espalhados pelos territórios brasileiro e estrangeiro, se dão, não apenas como um espaço alternativo de práticas artísticas, mas, ao mesmo tempo, como um fortalecimento e lugar de exercício de noções de cidadania, pertencimento e resistência urbanas.   

Assim, o dossiê ARTE OCUPA receberá trabalhos em torno de questões como:

  1.  A produção da arte a partir de expressões sócio-políticas e lógicas territoriais que se contrapõem ao sistema e à lógica do capital;
  2. Proposições de experiências artísticas de ruptura com o lugar (situações expositivas não convencionais, permanentes ou transitórias, além da deriva ou errância como prática estética) que visem desestabilizar os paradigmas espaciais e urbanos (monumentos, ruas, edifícios), explodindo a lógica subjacente ao espaço da cidade modernamente desenhado e planejado;
  3. Arte pensada em relação ao direito à cidade, o direito à cultura e/ou em direção à produção de uma contra-cultura;
  4.  Práticas artísticas na proposição de outros habitares e da autogestão, inclusive em conjunto com movimentos de ocupação e de moradia social;
  5. Proposições artísticas alterando o entendimento da cidade e da cidadania, agindo na gerência de desejos individuais e coletivos.

O dossiê está aberto não apenas à ótica das artes, mas também à abordagem do tema proposto desde o viés dos estudos do urbanismo, arquitetura, sociologia, antropologia, psicologia, história etc. Convidamos para o envio de trabalhos nos formatos: artigo, ensaio visual e manifesto (texto reivindicatório e propositor de novas organizações em ocupações ou coletivos existentes). As contribuições que estiverem na forma de artigo deverão estar em conformidade com as normas da revista.

As colaborações podem ser em português, espanhol, inglês ou francês e devem ser enviadas até 1 de setembro de 2021 pelo site:

 http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/about/submissions

Os textos devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres com espaços, incluindo todas as informações adicionais (resumo, palavras-chave, dados do autor, legendas, etc.). Também são aceitas submissões de traduções, curadorias, entrevistas, autorias, resenhas de livros, de exposições.

Artigos de temática livre, entrevistas e resenhas, dentro do campo das Artes Visuais, podem ser submetidos em fluxo contínuo. As normas para elaboração dos artigos estão disponíveis em um template no site.

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index

 

CHAMADA ENCERRADA >>>>DOSSIÊ: Circuitos experimentais e alternativos de produção, instauração e circulação da imagem e do objeto artístico -Organização: Almerinda Lopes (UFES) e Marco Pasqualini de Andrade (UFU)

Após o conflito mundial da II Grande Guerra, no século XX, as principais potências mundiais passariam a disputar, a qualquer preço, a hegemonia pelo poder: político e econômico. A exacerbação da produção industrial e o aumento o consumismo, promoveram tanto rápida mudança nos hábitos e questionamento dos valores do passado, como grandes transformações sociais, econômicas e políticas, em todo o mundo. Nesse novo contexto, diminuíram também as distâncias entre os continentes com o desenvolvimento de meios de transportes e das novas tecnologias de informações de comunicação, aproximando povos e culturas, nas palavras de Marshall McLuhan, numa verdadeira “aldeia global”. Essa nova realidade, se por um lado gerava euforia, por outro também acarretava dúvidas e contestação, em todas as áreas, questionando-se, inclusive, a própria função da arte, seu caráter utópico e elitista, que a distanciavam da vida. Nesse cenário de questionamentos e transformações, surgiam também movimentos pela paz, por liberdade democrática, pela ampliação dos direitos civis, igualdade de gênero, quebra dos tabus sexuais, oposição ao poder patriarcal. Essas e outras reivindicações ganharam força entre jovens intelectuais, ativistas universitários, nas pautas dos movimentos hippie e feminista, culminando na contracultura.  

Em meio a essa onda de contestação e rebeldia surgia o fenômeno da “desmaterialização” do objeto artístico (na conceituação de Lucy Lippard), que produziu a hibridização das linguagens, gerando mudanças na morfologia, na estética, na materialidade e nos próprios conceitos de arte e de artista. A questão central da arte deslocava-se da pureza, da “aparência” ou da “configuração visual”, para a ideia ou o conceito, muitas vezes de natureza político-crítica, em especial nos países latino-americanos que passavam por ditaduras. Essas mudanças modificariam também os modos de produção e de circulação das imagens e dos objetos artísticos. Assim, se concordarmos com Peter Osborne (2006), quando observa “que depois de Duchamp e, por sua natureza, toda a arte é conceitual”, talvez se possa relacionar a tal assertiva ao amplo espectro de novas proposições alternativas e experimentais, surgidas mais intensamente a partir da metade da década de 1960.

Convidamos, assim, aos pesquisadores o desafio de ampliar a discussão sobre as transformações e os novos estatutos contemporâneos da imagem nas artes visuais (fotografia, cinema, vídeo, holografia, processos digitais, entre outros), bem como os modos de sua inserção e circulação, em espaços alternativos, galerias, exposições efêmeras e portáteis, bem como pelo correio, internet e redes sociais.

 

Esta chamada está aberta para publicação no volume 2 do segundo semestre de 2021.

As colaborações podem ser em português, espanhol, inglês ou francês e devem ser enviadas até 1 de junho de 2021 pelo site:

 http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/about/submissions

Os textos devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres com espaços, incluindo todas as informações adicionais (resumo, palavras-chave, dados do autor, legendas, etc.). Também são aceitas submissões de traduções, curadorias, entrevistas, autorias, resenhas de livros, de exposições.

Artigos de temática livre, entrevistas e resenhas, dentro do campo das Artes Visuais, podem ser submetidos em fluxo contínuo. As normas para elaboração dos artigos estão disponíveis em um template no site.

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index

 

 

 

 

CHAMADA ENCERRADA  | Narrativas artísticas: ramificações, contaminações e apagamentos

>>>>PRAZO PRORROGADO PARA ENVIO DAS CONTRIBUIÇÕES: 15/03/2021

en. | fr.: 

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/libraryFiles/downloadPublic/329

A chamada para publicação do próximo número da revista Estado da Arte, prevista para o primeiro semestre de 2021, tem como tema as narrativas artísticas, sendo elas ficcionais, documentais ou de natureza híbrida, visando abordar obras, ações e projetos artísticos, que almejam contar histórias. Atualmente, as Artes Visuais se destacam pela variedade e pela originalidade de seus métodos e procedimentos que, em muitas ocasiões, podem ser considerados interdisciplinares. Essa constatação é uma motivação maior para interrogar a narrativa e a construção de significados no campo das poéticas visuais. Se a definição de narrativa na literatura nos leva a pensar a ação de contar ou a exposição de uma série de eventos que constituem um relato, cabe examinar de que forma ela se consolida no campo da visualidade.

Entre as intenções dessa publicação estão o mapeamento dos modos de narrar específicos da arte contemporânea; a identificação do potencial descritivo e diegético dessas narrativas; a análise das funções, estruturas e formatos. Interessa-nos refletir sobre trabalhos que, em suas diversas apresentações e ocorrências, pontuam a ambivalência documental e ficcional, provocando, como consequência, questionamentos sobre termos adjacentes à exemplo da factualidade, da aparência, da superficialidade, da verdade, da falsidade, da evidência, da (des)informação, dentre outros. Em que medida as obras de arte instalativas, performáticas ou imagéticas constituem estruturas e relatos que transitam entre ficção e documentação? Quais características poderiam qualificá-las como narrativas documentais ou ficcionais? Considerando que as narrativas audio visuais implicam uma articulação dos elementos espaço temporais, pergunta-se se e como se dá a relação espaço-temporal nas imagens estáticas e qual é seu potencial narrativo? Compreendendo o princípio da narrativa literária é possível pensar os princípios das narrativas visuais como próprios e ‘não predicativos’? Podemos evocar o silêncio, a interrupção e a ramificação como ‘elementos ofensivos’ à narração? Quais paralelos podem ser estabelecidos entre narração e interpretação?

Finalmente, e com base nas especificidades das narrativas artísticas, analisaremos os caminhos teórico-metodológicos próprios às poéticas contemporâneas. Pretende-se que o dossiê reúna artigos que desenvolvam ou elaborem algumas dessas perspectivas, propondo diálogos temáticos tais como: Narrativas artísticas; Ficções artísticas; ‘Docuficções'; Autoficções; Contaminações entre artes visuais e literatura, entre artes visuais e cinema; Imagem e Linguagem natural; Imagem, tempo e movimento.

Organizadores da Chamada | Section editors

Prof. Dr. Fabio Fonseca GPPI- IARTE-UFU
Prof(a) Dr(a). Nikoleta Kerinska GPPI- IARTE-UFU
Priscila Rampin GEPPA-IDA-UNB

Esta chamada refere-se ao número 3 e está aberta para publicação no primeiro semestre de 2021. 

As colaborações podem ser em português, espanhol, inglês ou francês e devem ser enviadas até o dia 01/03/2021 pelo site: 

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/about/submissions 

Os textos devem ter de 25.000 a 35.000 caracteres com espaços, incluindo todas as informações adicionais (resumo, palavras-chave, dados do autor, legendas, etc.). Também são aceitas submissões de traduções, entrevistas, resenhas de livros ou de exposições, além de ensaios visuais. 

Artigos de temática livre, entrevistas e resenhas, dentro do campo das Artes Visuais, podem ser submetidos em fluxo contínuo. As normas para elaboração dos artigos estão disponíveis em um template no site. 

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index 

O ensaio visual deve ser apresentado em formato pdf. O total de páginas pode variar entre 10 e 20. O arquivo deverá conter: as imagens, o título em português e em outro idioma (inglês, francês ou espanhol), uma breve descrição ou resumo do trabalho e legenda.  

Os(as) autores(as) devem submeter dois arquivos, um contendo o texto e um segundo arquivo contendo os dados para identificação, contato e uma biografia resumida. 

Editores | Publishers 

Profa. Dra. Ana Helena da Silva Delfino Duarte NUPPE- IARTE-UFU 

Profa. Dra. Beatriz Basile da Silva Rauscher GPPI- IARTE-UFU
Prof. Dr. Marco Antonio Pasqualini de Andrade NUPAV- IARTE-UFU 

Contato | email: revistaestadodaarte20@gmail.com 

ESTADO DA ARTE Revista de Artes Visuais - Instituto de Artes - Universidade Federal de Uberlândia

http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/index 

Prazo Prorrogado até 01/06/2022 - Chamada para o DOSSIÊ: O espaço delas: artistas mulheres e poéticas tridimensionais

dezembro 18, 2021

>>> Prazo de submissões prorrogado: 01/06/2022

Call for papers - new deadline: June, 1st

 

Dossier: The Space of Her: women artists and three-dimensional poetics

Call for papers

This dossier intends to gather articles, essays, reviews and interviews, among other types of texts, dealing with the presence of women artists in the art system and their three-dimensional productions, understood here as heirs of the sculptural field, but which over the 20th century had hybridized with other languages ​​and expanded their plastic form research towards the problematic of space and/or body, in relation with other fields of knowledge. The dossier is organized by Tatiana Sampaio Ferraz and Marina Mazze Cerchiaro.

DOSSIÊ: O espaço delas: artistas mulheres e poéticas tridimensionais

Organização/ Editoras convidadas

Tatiana Sampaio Ferraz e

Marina Mazze Cerchiaro

 

Saiba mais sobre Prazo Prorrogado até 01/06/2022 - Chamada para o DOSSIÊ: O espaço delas: artistas mulheres e poéticas tridimensionais