Desenvolvimento e Perspectivas da Infraestrutura de Dados Espaciais Marinhos Brasileira

Conteúdo do artigo principal

Christopher Florentino
http://orcid.org/0000-0001-7220-0341
Vitor Bravo Pimentel
http://orcid.org/0000-0002-7406-1442
Arthur Ayres Neto
http://orcid.org/0000-0002-2982-245X

Resumo

O conceito de Infraestrutura de Dados Espaciais Marinhos (IDEM) tem conquistado espaço ao redor do globo representando o desenvolvimento da dimensão marinha em uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE). Consiste basicamente, num conjunto de ações coordenadas envolvendo tecnologias, padrões, dados espaciais e pessoas interessadas na gerência e uso compartilhado de recursos e informações em prol do bem comum. Estas seguem apoiadas por diretivas nacionais e internacionais, em destaque aquelas emanadas no Brasil, pelo Plano de Ação para Implantação da INDE (CONCAR, 2010) e pela Norma de Acesso aos Dados e às Informações Abertas da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN, 2018), bem como as orientações advindas da Organização Hidrográfica Internacional (OHI). As IDEM’s têm se mostrado uma eficiente ferramenta de gerenciamento das atividades humanas no tocante a utilização racional e de disponibilidade duradoura dos recursos ambientais, integrando assim iniciativas com vistas ao chamado “uso inteligente dos oceanos”. Assim, com base numa revisão bibliográfica e no uso de alguns exemplos, apresenta-se o relacionamento harmônico entre IDE’s e IDEM’s em escalas nacionais e regionais, destacando alguns dos potenciais benefícios e desafios de sua implantação e disponibilização para a comunidade marítima brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
FLORENTINO, C.; PIMENTEL, V. B.; NETO, A. A. Desenvolvimento e Perspectivas da Infraestrutura de Dados Espaciais Marinhos Brasileira. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 71, n. 3, p. 619–646, 2019. DOI: 10.14393/rbcv71n3-46316. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/46316. Acesso em: 22 jul. 2024.
Seção
Artigos de Revisão
Biografia do Autor

Christopher Florentino, Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e Programa de Pós-graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra da Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil.

Oficial do Corpo de Engenheiros da Marinha do Brasil, graduado em Engenharia Cartográfica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
Possui Mestrado em Dinâmica dos Oceanos e da Terra e, atualmente, cursa o Doutorado nesta mesma área pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Membro do Grupo de Trabalho de Infraestrutura de Dados Espaciais Marinhos (MSDIWG) da Organização Hidrográfica Internacional (OHI).

Vitor Bravo Pimentel, Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e Programa de Pós-graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra da Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil.

Bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval, Hidrógrafo Categoria A pela Diretoria de Hidrografia e Navegação, Mestre e Doutorando em Dinâmica dos Oceanos e da Terra. Programa de Pós-graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Arthur Ayres Neto, Universidade Federal Fluminense (UFF), Departamento de Geociências. Programa de Pós-graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra.

Bacharel em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Especialização em Geologia e Geofísica Marinha, e Mestre em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Doutor em Geofísica pela Christian-Albrechts Universitaet zu Kiel e Pós-doutor pela Université Libre de Bruxelles. Docente do Programa de Pós-graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra da Universidade Federal Fluminense.

Referências

AALDERS, H. J. G. L.; MOELLERING, H. Spatial Data Infrastructure. Proceedings of the 20th International Cartographic Conference. Beijin, 2001. Site <https://icaci.org/files/documents/ICC_proceedings/

ICC2001/icc2001/file/f14005.pdf>. Acessado em julho de 2018.

ALFORD, J. Towards a New Public Management Model: Beyond

j.14678500.1993.tb00263.x>. Acessado em julho de 2018.

BCB, Banco Central do Brasil. Conversão de Moedas. Site <https://www4.bcb.gov.br/pec/conversao/conversao.asp>. Acessado em outubro de 2018.

BRASIL. Decreto-Lei no 243, de 28 de fevereiro de 1967. Fixa as Diretrizes e Bases da Cartografia Brasileira e dá outras providências. Diário Oficial da União, Seção 1, p. 2438, 28 de fevereiro de 1967.

BRASIL. Decreto nº 6666, de 27 de novembro de 2008. Institui, no âmbito do Poder Executivo Federal, a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da União, 27 de novembro de 2008.

BLUE ECONOMY AND BLUE GROWTH. Site <https://ec.europa.eu/

maritimeaffairs/policy/blue_growth_en>. Acessado em outubro de 2018.

CHIOCCI, F. L.; CATTANEO, A.; URGELES, R. Seafloor mapping for geohazard assessment: State of the art. Marine Geophysical Research, v. 32, n. 1, p. 1

CONCAR, Comissão Nacional De Cartografia. Plano de Ação para Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais. 2010. Rio de Janeiro. Site <http://www.concar.gov.br/pdf/PlanoDeAcaoINDE.pdf>. Acessado em agosto de 2018.

CONTI, L. A.; OLIVEIRA, M. C. de; ESTRADA, T. E. M. D.; MARQUES, A. C. Gerenciamento de dados marinhos no contexto brasileiro. Biota Neotropical, v. 13, n. 2, p. 21

COOPER, P.; PEPPER, J.; OSBORNE, M. White Paper - The Hydrographic and Oceanographic Dimension to Marine Spatial Data Infrastructure Development: Developing the capacity. Site <https://www.iho.int/

mtg_docs/com_wg/MSDIWG/MSDIWG_Misc/MSDIWG-BOK.html>. Acessado em agosto de 2018.

CROMPVOETS, J.; BREGT, A.; RAJABIFARD, A.; WILLIAMSON, I. P. Assessing the worldwide developments of national spatial data clearinghouses. International Journal of Geographical Information Science, v. 18, n. 7, p. 665

DHN, Diretoria de Hidrografia e Navegação. MSDI-WG National Report (BRAZIL). Tóquio, Japão. IHO-MSDIWG 2016. Site <https://www.iho.int/mtg_docs/

com_wg/MSDIWG/MSDIWG7/MSDIWG7-1.6A-National_Report-Brazil.pdf>. Acessado em setembro de 2018.

DHN, Diretoria de Hidrografia e Navegação. Portaria n° 13, de 19 de fevereiro de 2018, da DHN. Aprova a Norma de Acesso aos Dados e às Informações Abertos da Diretoria de Hidrografia e Navegação (NAD-DHN). 2018. Site <https://www.marinha.mil.br/dhn/?q=pt-br/nad>. Acessado em agosto de 2018.

EMODnet - European Marine Observation and Data network. Site <http://www.emodnet.eu/>. Acessado em setembro de 2018.

E-NAVIGATION. Site <http://www.iala-aism.org/products-projects/e-navigation/>. Acessado em outubro 2018.

EUROGI, European Umbrella Organisation for Geographic Information. Site <http://eurogi.org/about-us/>. Acesso em setembro de 2018.

FGDC, Federal Geographic Data Committee. A strategy for the national spatial data infrastructure. 1997. 20p. Site . Acessado em agosto de 2018.

FOWLER, C.; SMITH, B.; STEIN, D. Building a Marine Spatial Data Infrastructure to support Marine Spatial Planning in US waters. Geographic Technologies Applied to Marine Spatial Planning and Integrated Coastal Zone Management, n. 1, p. 6, 2010.

FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Falta de uma infraestrutura de dados espaciais limita pesquisa oceanográfica no Brasil, diz especialista. Site <http://agencia.fapesp.br/print/

falta_de_uma_infraestrutura_de_dados_espaciais_limita_pesquisa_oceanografica_no_brasil_diz_especialista/15472/>. Acessado em agosto de 2018.

GABIOUX, M; COSTA, V. S.; DE SOUZA, J.M.A.C.; OLIVEIRA, B. F.; PAIVA, A. M. Modeling the south atlantic ocean from medium to high-resolution. Revista Brasileira de Geofisica, v. 31, n. 2, p. 229

G8 OPEN DATA CHARTER. Site <https://www.gov.uk/government/publications/

open-data-charter/g8-open-data-charter-and-technical-annex>. Acessado em outubro de 2018.

GEBCO, General Bathymetric Chart of the Oceans. Site <https://www.gebco.net/>. Acessado em outubro de 2018.

GRIFFIN, E.; COOTE, A.; CROMPVOETS, J. A marine spatial data infrastructure in New Zealand: a systematic review on the cost-benefits, Journal of Spatial Science, 15p. 2017. DOI: 10.1080/14498596.2017.1372227.

HALL, J. K. GEBCO Red Sea Grid Underway. Hydro International, p. 6, 2014. Site <http://member.hydro-international.com/articles/item/51b933836ab94d3

db08a4367b8fc83e8>. Acessado em agosto de 2018.

IHO, International Hydrographic Organization. IHO Encourages Crowdsourced Bathymetry. Hydro International. Vol. October, 2014. Site <https://www.hydro-international.com/content/article/iho-encouraging-crowdsourced-bathymetry>. Acessado em agosto de 2018.

IHO, International Hydrographic Organization. Spatial Data Infrastructures

IHO, International Hydrographic Organization. White Paper - Realising the benefits of Spatial Data Infrastructures in the Hydrographic Community. 2017. Site <https://www.iho.int/mtg_docs/com_wg/MSDIWG/

MSDIWG_Misc/MSDIWG-BOK.html>. Acessado em agosto de 2018.

IHO, International Hydrographic Organization. IHO-MSDIWG: Marine Spatial Data Infrastructure Working Group. Site <https://www.iho.int/srv1/index.

php?option=com_content&view=article&id=483&Itemid=370&lang=en>. Acessado em agosto de 2018a.

IHO, International Hydrographic Organization. IHO Membership. Site <https://www.iho.int>. Acessado em agosto de 2018b.

IHO & IOC, International Hydrographic Organization & Intergovernmental Oceanographic Comission. The IHO-IOC GEBCO Cook Book. 2018. IHO Publication B-11 & IOC Manuals and Guides n°63.

INSPIRE, Infrastructure for Spatial Information in the European Community. Geoportal. Site <http://inspire.jrc.ec.europa.eu>. Acessado em outubro de 2018.

IODE, International Oceanographic Data and Information Exchange. Ocean Data Portal project. Site <http://www.oceandataportal.org/>. Acessado em outubro de 2018.

JAKOBSSON, M.; ALLEN, G.; CARBOTTE, S.; FALCONER, R.; FERRINI, V.; MARKS, K.; MAYER, L.; ROVERE, M.; SCHMITT, T.; WEATHERALL, P.; WIGLEY, R. The Nippon Foundation

KIAN, F. A comparative study of the development of Marine Spatial Data Infrastructure (MSDI) by IHO Member Nations. Tóquio, Japão. IHO-MSDIWG 2016. Site <https://www.iho.int/mtg_docs/com_wg/MSDIWG/

MSDIWG7/MSDIWG7.html>. Acessado em agosto de 2018.

K

LACASCE, J. H. The Prevalence of Oceanic Surface Modes. Geophysical Research Letters, p. 1

LECOURS, V.; DOLAN, M. F. J.; MICALLEF, A.; LUCIEER, V. L. A review of marine geomorphometry, the quantitative study of the seafloor. Hydrology and Earth System Sciences, v. 20, n. 8, p. 3207

LEPLAC, Brazilian Continental Shelf Survey Project. Brazilian Partial Revised Submission to the Commission on the Limits of the Continental Shelf: Brazilian Southern Region (in progress). 2015. Directorate of Hydrography and Navigation (DHN).

LINZ, Land and Information New Zealand. New Zealand Bathymetry Investigation. Octuber, 2015. p. 1-83. Site <http://www.linz.govt.nz/about-linz/what-were-doing/projects/new-zealand-bathymetry-investigation>. Acessado em agosto de 2018.

LINZ, Land and Information New Zealand. Geoportal. Site <https://www.linz.govt.nz/data/linz-data/hydrographic-data>. Acessado em outubro de 2018.

MyGDI, Malaysia Geospatial Data Infrastructure. Geoportal. Site<http://www.mygeoportal.gov.my/node/3159/>. Acessado em outubro de 2018.

MARATOS, A. The Role of Hydrographic Services with Regard to Geospatial Data and Planning Infrastructure. International Hydrographic Review, v. 7, n. 2, p. 51

MARINE INFORMATION SERVICE. EMODnet Digital Bathymetry (DTM). EMODnet Bathymetry. Site <http://sextant.ifremer.fr/record/c7b53704-999d-4721-b1a3-04ec60c87238/>. Acessado em agosto de 2018.

MAYER, L.; JAKOBSSON, M.; ALLEN, G.; DORSCHEL, B.; FALCONER, R.; FERRINI, V.; LAMARCHE, G.; SNAITH, H.; WEATHERALL, P. The Nippon Foundation

MOHRIAK, W. U.; TORRES, L. C. Levantamentos geofísicos para a delimitação da margem continental brasileira. Revista USP, v. Abril/Maio, n. 113, p. 59

NEBERT, D. D. Developing Spatial Data Infrastructure: The SDI Cookbook. GSDI Cookbook. 2°ed. 2004. Site . Acessado em agosto de 2018.

NRCAN, Ministery of Natural Resources Canada. Canadian Geomatics Environmental Scan and Value Study. 2015. Site <http://geoscan.nrcan.gc.ca/starweb/geoscan/servlet.starweb?path=geoscan/fulle.web&search1=R=296426>. Acessado em agosto de 2018.

NRCAN, Ministery of Natural Resources Canada. GeoConnections. Site <http://www.nrcan.gc.ca/earth-sciences/resources/tools-applications/

>. Acessado em outubro de 2018.

OGC, Open Geospatial Consortium. The OGC helps make distributed responsibility for data a good policy, 2015. Site <http://www.opengeospatial.org/domain/gov_and_sdi#responsibility>. Acessado em outubro de 2018.

OGC, Open Geospatial Consortium. OGC History (detailed). Site <http://www.opengeospatial.org/ogc/historylong>. Acessado em setembro de 2018.

OGP, Open Government Partnership. Open Government Declaration. OGP Brochure, 2016. Site <http://www.opengovpartnership.org/sites/

default/files/attachments/leaflet_web.pdf>. Acessado em outubro de 2018.

PINHEIRO, J. G.; FLORENTINO, C. Infraestrutura de dados espaciais marinhos: uma aplicação na cartografia, hidrografia e oceanografia. Anais do XXVII Congresso Brasileiro de Cartografia e XXVI Exposicarta. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Cartografia, Geodésia, Fotogrametria e Sensoriamento Remoto, 2017. Site <http://www.cartografia.org.br/cbc/2017/trabalhos/6/

fullpaper/CT06-17_1506717034.pdf>. Acessado em junho de 2018.

RAJABIFARD, A.; FEENEY, M.; WILLIAMSON, I. P. Directions for the Future of SDI Development. International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation, v. 4, p. 11

SEADATANET. Site <https://www.seadatanet.org/>. Acessado em outubro de 2018.

SMART OCEANS. Site <http://www.globalopportunitynetwork.org/report-2016/

smart-ocean/#.Vx3SrnrHmv8>. Acessado em outubro de 2018.

STRAIN, L. M. An SDI Model to include the Marine Environment. Tese (Master of Sciences) University of Melbourne, 2006.

STRAIN, L. M.; RAJABIFARD, A.; WILLIAMSON, I. Marine administration and spatial data infrastructure. Marine Policy, v. 30, n. 4, p. 431

UN-OCEANS. UN Atlas of the Oceans: Facts. Site <http://www.oceansatlas.org/

facts/en>. Acessado em agosto de 2018.

UNCLOS, United Nations Division for Ocean Affairs and Law of the Sea. 3rd United Nations Convention on the Law of the Sea. 1994, p. 7

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)