Educação popular em saúde como tecnologia social em contextos de emergências sanitárias

notas a partir de uma ação extensionista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2022-63368

Palavras-chave:

Educação em Saúde, Tecnologia social, Epidemia, Vírus Zika, Atenção Primária à Saúde

Resumo

As emergências sanitárias historicamente desencadeiam estratégias de saúde pública a partir de um modelo campanhista, prescritor e verticalizado. Partindo da perspectiva da produção de um trabalho territorializado que valoriza e dialoga com os saberes populares, a educação popular em saúde advoga pelo fortalecimento da participação social nas respostas de enfrentamento a tais agravos. Este artigo busca apreender os limites e possibilidades de uma tecnologia social em educação popular em saúde, tomando por base uma experiência extensionista de educação permanente para agentes de saúde do Complexo do Alemão, Rio de Janeiro-RJ, no contexto zika. Trata-se de uma investigação qualitativa do tipo exploratória por meio da análise documental de um projeto de extensão em que foi desenvolvida a referida tecnologia social. Investigar, tematizar e problematizar as emergências do território a partir do horizonte freiriano permitiu que fossem projetadas ações preventivas e promocionais, ao menos em parte, complexificadas e territorialmente contextualizadas, ainda que houvesse por alguns participantes a manutenção da clássica absolutização da ignorância das classes populares e supervalorização do saber científico do início ao fim do processo – fator que aponta para dois desafios à reaplicação de métodos em educação popular: a da formação do educador e a da temporalidade da ação educativa.

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Biografia do Autor

César Augusto Paro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil; período sanduíche na University of Copenhagen, Dinamarca; professor adjunto da Faculdade de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Sul e Sudoeste do Pará, Brasil; membro do Grupo Temático de Educação Popular e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (GT EdPopSaúde/ABRASCO), do Grupo de Estudos em Teatro do Oprimido (GESTO), do Laboratório Interdisciplinar de Direitos Humanos e Saúde (LIDHS/UFRJ), do Laboratório de Estudos em Atenção Primária (LEAP/UFRJ).

Neide Emy Kurokawa e Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo, Brasil; estágio pós-doutoral pela mesma instituição; professora associada do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.

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Publicado

29-04-2022

Como Citar

PARO, C. A.; SILVA, N. E. K. e. Educação popular em saúde como tecnologia social em contextos de emergências sanitárias: notas a partir de uma ação extensionista. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 21, n. 1, p. 3–33, 2022. DOI: 10.14393/REP-2022-63368. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/63368. Acesso em: 3 dez. 2024.