Ritualidades em cena
A presença de José María Arguedas em Cartas de Chimbote (2015), de Yuyachkani, um wanka moderno
DOI:
https://doi.org/10.14393/issn2358-3703.v8n1a2021-04Resumen
O texto dramático Tragedia del fin de Atau Wallpa encontrado e publicado pelo quechuista boliviano Jesús Lara, em 1955 e cuja contexto de produção, segundo Ricardo Silva-Santisteban (2000), é por volta de 1871, possui esteticamente a forma de uma tragédia e, de acordo com Antonio Cornejo Polar (2003, p. 49), trata-se do texto andino “más arcaico y con vigencia social y literaria más prolongada e ininterrumpida”. A atualidade textual do drama quéchua refere-se às características formais que o associam a um tipo muito específico de dramaturgias nas quais estão presentes os rituais próprios da cosmogonia andina e, por sua vez, com a história de personagens, neste caso, a do Inca Atahualpa, que se confunde com a história de uma coletividade. Neste artigo pretendo realizar una reflexão teórica sobre o termo wanka a partir da criação coletiva Cartas de Chimbote (2015), do Grupo Cultural Yuyachkani, ressaltando as seguintes questões: de que maneira Yuyachkani leva à cena a biografia e os escritos literários, ficcionais, antropológicos e autobiográficos de José María Arguedas? É possível qualificar a obra como um wanka moderno que conta uma história de lutas histórico-sociais e, por sua vez, a celebração da vida e da obra de Arguedas? Com estas reflexões e a análise do texto dramático e do texto espetacular Cartas de Chimbote será possível avaliar o alcance da palavra e da voz literária arguediana no teatro.
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