O mundo às avessas
O grotesco em "Sortilégio", de Cecília Meireles
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v40-2024-14%20Palavras-chave:
Grotesco, Cecília Meireles, Espectros, BruxasResumo
Este trabalho pretende apresentar uma análise do poema “Sortilégio”, de Espectros (1919), obra inaugural de Cecília Meireles, considerando os aspectos da categoria estética do grotesco na figura da velha bruxa. A bruxa-velha, em “Sortilégio”, é uma personagem que transcende os limites do convencional, desafiando as noções tradicionais de beleza e comportamento. Ela personifica a marginalidade e a subversão, rompendo com as expectativas sociais estabelecidas. O grotesco, como um estilo artístico, destaca-se pela fusão de elementos díspares, resultando em uma estética que provoca estranheza e desconforto (Kayser, 2003). Com base nos trabalhos de Montaigne (2010), Baudelaire (1991) e Victor Hugo (1988), este artigo propõe, portanto, uma leitura pouco explorada na lírica ceciliana, a saber, a presença, mesmo que efêmera, do grotesco no livro de estreia de Cecília Meireles.
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