Os caminhos do turismo comunitário
afirmação territorial na Comunidade Quilombola do Cumbe, Aracati – CE
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT153918Resumo
A presença da carcinicultura e da empresa eólica na comunidade quilombola-pesqueira do Cumbe (Aracati, Ceará, Brasil), cria e intensifica o racismo ambiental, configurando diversos conflitos socioambientais neste território tradicional. Em meio a isto, a comunidade busca proteger a identidade, história e o modo de vida de seu povo quilombola. Uma dessas resistências é o turismo comunitário, que colabora na visibilidade e defesa territorial. Este artigo analisa como a prática do turismo comunitário se configura como afirmação e valorização do território quilombola-pesqueiro do Cumbe. A metodologia baseou-se em levantamento bibliográfico-documental e pesquisa de campou, com a vivência das pesquisadoras em práticas coletivas organizadas dentro do território, lançando mão de processos participativos e da cartografia social. A partir do turismo comunitário, o Cumbe evidencia resistências territoriais, em meio ao avanço de empreendimentos dominantes que ameaçam o modo de vida, a história e a natureza deste território quilombola-pesqueiro.