A nova cartografia social como instrumento de resistência
reflexões sobre a história de vida dos camponeses e camponesas na Luta pela Terra - MST/Goiás
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT122712Resumo
O presente texto tem como objetivo geral discutir, a partir do mapa cartográfico social, a história de vida das famílias acampadas no Acampamento Dom Tomás Balduíno, a luta pela terra como disputa territorial de projetos de desenvolvimento para o campo e a agroecologia como matriz produtiva e de vida. Como metodologia realizou-se rodas de conversas e diálogos de saberes com os trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra, cujos temas abordaram: luta pela terra e agroecologia. Culminou com atividades de elaboração de uma cartografia social do processo de ocupação do território, assim como da realização de uma oficina de história de vida. O resultado da atividade indicou que homens e mulheres do acampamento vivem um processo de migração à procura de terras para produzir, e que suas histórias de vida são demarcadas pela expulsão das terras e de exploração em relação ao trabalho que fazem (vaqueiros, empregadas domésticas, entre outros), são histórias de perambulação. Mas, que também, apontam para boas lembranças de uma história de vida no campo.