A contradição dos impactos socioespaciais com implantação do Complexo Hidrelétrico Belo Monte na Vila Santo Antônio-Vitória do Xingu/PA entre 2011 a 2013
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT122708Resumen
Diante da grande relevância que tem sido o tema hidrelétrica no país, essa pesquisa tem por objetivo analisar as transformações sócio espacial que a usina hidrelétrica de Belo Monte ocasionou na vila de Santo Antônio, extensão rural do município de Vitória do Xingu-Pa. Podendo-se avaliar a segregação imposta aos membros desta distinta vila, em especial as sete famílias que resistiram a esse processo, e em seguida conhecer a nova configuração a qual transformou o modo de vida desta extinta vila. Para tanto, essa pesquisa divide-se em três momentos: fazer uma recuperação histórica da vila e o contexto em que viviam, a segunda, uma breve discussão critica sob as diferentes formas do desenvolvimento da implantação destacando o processo de Desterritorialização da vila de Santo Antônio, por último, analisar a nova configuração sócio espacial das setes famílias que resistiram à esse processo. Como procedimentos metodológicos: revisão bibliográfica e documental, observação in lócus e aplicação de questionário semiestruturado, georeferênciamento do remanejamento das famílias indenizadas com uso de GPS (Sistema de Posicionamento Global). O questionário detém as seguintes informações: histórico da vila Santo Antônio, levantamento socioeconômico e infraestrutura. Com a execução deste trabalho foi perceptível a condição severa em que as setes famílias restante foram expostas, bem como a nova configuração na paisagem como fruto da implantação de um megaempreendimento hidrelétrico. Embora seja difícil mensurar a natureza desse impacto, no decorrer da pesquisa foi possível diagnosticar a dimensão dos impactos ocasionados a essas famílias.