Controle do território paraguaio: um novo regime sob a égide da narrativa da mudança do clima?
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT195774882Keywords:
agronegócio, acaparamiento, crise climática, crise ambiental, questão agráriaAbstract
O controle do território é um processo geográfico e histórico, apresentando singularidades no espaço e no tempo, estas resultantes de dinâmicas multiescalares em interação. Na América do Sul, a primeira manifestação da apropriação de terras para fins de acumulação do capital é a própria colonização. Desde então, a região tem experimentado diferentes regimes de controle do território. O Paraguai não está alheio a essa lógica. Desde o final da guerra da Tríplice Aliança (1870) o país é palco de sucessivos regimes de controle do território. Na atualidade a aceleração das mudanças climáticas e a institucionalização da questão ambiental promovem a criação de narrativas para justificar o controle de novos territórios e o estabelecimento de novos mercados, formando um novo regime de controle do território. Assim, o objetivo deste artigo é debater sobre a atualidade do processo de controle do território paraguaio, verificando se a agenda ambiental tem promovido um novo regime de controle do território no país. Após a utilização de metodologias qualitativas e quantitativas foi possível verificar uma modificação nas narrativas que legitimam a apropriação de terras no país em direção a agenda verde e que reverbera, em parte, nas territorialidades, mas não há uma mudança nas estratégias de acesso e controle. Enquanto isso, o Paraguai continua ocupando destaque na lista de países com a maior concentração fundiária do globo.
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