Ações de solidariedade em busca da justiça social e soberania alimentar: o papel do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil (2020-2022)
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT195675337Palavras-chave:
crise sanitária, ações coletivas, rede DATALUTA, fomeResumo
Em contextos de crises, os movimentos socioterritoriais atuam em processos colaborativos buscando minimizar os efeitos para as populações mais vulneráveis. No Brasil, no contexto da crise sanitária e política (2020-2022), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em conjunto com outras organizações e instituições, atuou em diversas ações de solidariedade, especialmente nas doações de alimentos saudáveis para essas populações, sobretudo em territórios indígenas, quilombolas e das periferias urbanas. O artigo tem como objetivo compreender essa atuação, focando nas estratégias utilizadas pelo MST para colocar em pauta a questão da fome em sua agenda, criar territórios de sustentabilidade e pressionar o Estado. Utilizamos o banco de dados construído pela Rede Brasileira de Pesquisadores das Lutas por Espaços e Territórios (REDE DATALUTA), com notícias veiculadas sobre as ações dos movimentos, além de entrevistas com as principais lideranças nacionais do MST. Mostramos que o movimento atuou em todas as regiões do país, com centralidade para as regiões Nordeste e Sul, trazendo à tona o retorno da pobreza e a injustiça sofridas por essas populações. Apontamos também que essas ações não se configuram somente como doações, mas têm caráter político de formação e fortalecimento associativo, no sentido de aproximar a militância das comunidades em busca da justiça social.
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