Os conhecimentos tradicionais das mulheres agricultoras em Francisco Beltrão (PR), Brasil

o uso das plantas medicinais na sociedade moderna

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT195674408

Palavras-chave:

gênero, patriarcado, Geografia Agrária, decolonialidade

Resumo

Os conhecimentos tradicionais fazem parte de culturas locais e encontram-se em domínio de diversas populações. As mulheres são detentoras dos conhecimentos sobre a prevenção e cura de enfermidades através da utilização das plantas medicinais, práticas que resistem ao tempo e à modernização produtiva ocasionada pela consolidação do sistema capitalista de produção. O objetivo deste texto é analisar o vínculo entre os conhecimentos tradicionais e as mulheres e verificar as mudanças e permanências neste vínculo na modernidade. A metodologia é de pesquisa qualitativa, pautado em revisão teórica e coleta de dados e informações. A coleta de informações primárias foi realizada através de entrevistas semiestruturadas, com 16 agricultoras que integravam o Coletivo de Mulheres Agricultoras do Sintraf-FB, no município de Francisco Beltrão, Paraná. Na constituição da modernidade e da ciência enquanto conhecimento universal, os conhecimentos tradicionais relacionados às plantas medicinais passam a ser invisibilizados, mas, assim como as espécies de plantas, permanecem salvaguardados pelos povos e principalmente pelas mulheres agricultoras.

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Biografia do Autor

  • Roselí Alves dos Santos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

    Professora Associada da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, coordenadora da graduação em Geografia, nos cursos de graduação, mestrado e doutorado em Geografia, cuja trajetória acadêmica na área de Ciências Humanas conta com graduação e especialização em Geografia na Universidade Estadual de Maringá, Mestrado e Doutorado na Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho e Pós-doutorado na Université de Caen NormandieFrança e na Universidade Complutense de Madrid/Espanha.Líder do Grupo de Pesquisa Corpo, gênero e Diversidade e membro do grupo de estudos Geo lutas, faz parte do Observatório da Questão Agrária no Paraná, integrante da rede de geógrafas feministas da América Latina e do Núcleo de Defesa dos Direitos das Mulheres Maria da Penha. Mulher, negra e geógrafa feminista, parecerista de diversas revista nacionais e internacionais e de órgãos de fomento a Pesquisa. Atua nas temáticas de pesquisa e extensão relativas as questões agrárias presentes nas organizações do campo e da cidade, especialmente envolvendo a questões de gênero, étnica raciais e geracional. Os projetos de pesquisa e extensão versão sobre a produção de alimentos e a valorização de saberes tradicionais dos sujeitos do campo e da cidade, destacando a participação das mulheres e suas formas de organização política e produtiva na agroecologia, produção familiar e no cultivos, preservação e resgate de saberes sobre as sementes crioulas e as plantas medicinais.

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Publicado

17.12.2024

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

SCHMITZ, Aline Motter; SANTOS, Roselí Alves dos. Os conhecimentos tradicionais das mulheres agricultoras em Francisco Beltrão (PR), Brasil: o uso das plantas medicinais na sociedade moderna. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 19, n. 56, p. 222–240, 2024. DOI: 10.14393/RCT195674408. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74408. Acesso em: 5 dez. 2025.