Pandemia da COVID-19 para o povo Xavante da aldeia de São Marcos (MT)
relatos de uma liderança indígena
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT185171115Palavras-chave:
povo Xavante, pandemia, COVID-19, culturaResumo
Esse artigo é fruto da pesquisa de mestrado realizada em 2020/2021 e defendida em 2022, sobre os processos e consequências socioculturais provocadas pela COVID-19 para o povo Xavante, em particular para as famílias que vivem na aldeia São Marcos no estado do Mato Grosso, Brasil. A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade, decretada como pandemia global. Teve início em 2019 na China, esse vírus matou milhares de pessoas no mundo, sobretudo, povos indígenas, comunidades tradicionais, moradores de rua, pobres e grupos sociais vulneráveis e mais expostos a doença. A autoetnografia foi o método utilizado para a realização dessa pesquisa e teve como metodologia a escrevivência composta por narrativas do Autor/Escritor, baseadas em sua memória, na de seu povo e experiências de vida. Dados da APIB de junho de 2022, mostra que no Brasil foram mais de 72 mil indígenas contaminados; 1312 mortes e 162 povos afetados, mais de 50% dos povos diretamente atingidos pela pandemia da COVID-19. Para o povo Xavante, sujeitos dessa pesquisa, foram 79 indígenas mortos e na aldeia São Marcos, lócus da investigação 18. Essas mortes para os povos indígenas refletem diretamente na cultura de cada povo. Este cenário evidenciou também a negligência do Estado no combate à pandemia, principalmente o descaso com a saúde indígena. Autores como Ellis (2004), Santos (2007), entre outros compuseram a escrita
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