Mineração e questão agrária no Vale do Jequitinhonha

análises a partir do garimpo tradicional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT153616

Resumo

Os incentivos fiscais e fundiários regulados a partir do estado, imperial e depois republicano, estiveram presentes na formação social e econômica do que atualmente é denominado como região do Vale do Jequitinhonha. Um processo histórico em que a lógica de pilhagem do território a partir da apropriação de recursos minerais, da terra e das gentes foi marcante. Está colocada, desde sua emergência no circuito mundial da acumulação primitiva de capital, a profunda relação entre a mineração e a questão agrária, juntas conjugando uma situação de fronteira no nordeste mineiro. Neste artigo discutimos sobre a formação socioeconômica do Vale do Jequitinhonha, explorando relações com a questão agrária e a mineração, tomando por foco o garimpo tradicional como um modo de vida. Apresentamos, assim, o processo histórico e geográfico de colonização e as disputas contemporâneas que atualizam a situação de fronteira mineral e agrária, expressas na chegada de grandes empresas do setor mineral, na especulação de títulos minerários e no aumento do preço da terra: no período de 1970 a 1999 havia 541 títulos minerários registrados e no período de 2000 a 2018 esse valor subiu para 5068 títulos, ocupando em 2018 uma em área total de 3.7 milhões de hectares!

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Biografia do Autor

Aline Weber Sulzbacher, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Professor de Magistério Superior do curso de Geografia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Campus Juscelino Kubistchek (Diamantina – MG).

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Publicado

03-07-2020

Como Citar

SULZBACHER, A. W.; LAGE, N.; LOPES, L. S. . Mineração e questão agrária no Vale do Jequitinhonha: análises a partir do garimpo tradicional. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 15, n. 36 Jul., p. 400–429, 2020. DOI: 10.14393/RCT153616. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/53223. Acesso em: 26 jul. 2024.