Assentamentos rurais no Sudeste goiano
expressões (i)materiais da (re)territorialização camponesa
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT133005Resumo
O objetivo deste artigo é compreender o processo de (re)territorialização camponesa no Sudeste Goiano, por meio da luta pela terra e da efetivação dos assentamentos rurais como expressões (i)materiais desta (re)territorialização. Os assentamentos escolhidos foram o Assentamento João de Deus (Silvânia, 1987), Assentamento São Sebastião (Silvânia, 1997), Assentamento Olga Benário (Ipameri, 2005), Assentamento Madre Cristina (Goiandira, 2009), Assentamento Buriti (Silvânia, 2009) e o Assentamento Maria da Conceição (Orizona, 2010). No âmbito da pesquisa qualitativa, desenvolvemos pesquisa teórica, documental e de campo, com a realização de entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos. Compreendemos que a luta pela terra foi um momento importante para a (re)territorialização camponesa no Sudeste Goiano, sendo os assentamentos uma expressão (i)material deste processo, onde os indivíduos e as famílias assentadas produzem seus territórios e territorialidades, no tempo histórico. Da apropriação inicial, passando pela produção de alimentos, a autoconstrução de suas moradias e a expressão das suas religiosidades, temos uma porção do espaço geográfico sendo transformada em território camponês. E isto é significativo em uma região goiana marcada pela agricultura capitalista especializada na exportação de produtos agrícolas. Nesta (re)territorialização, os camponeses assentados adquirem um trunfo para suas vidas, que é o território.
Palavras-chave: (Re)territorialização. Território. Territorialidades. Assentamentos rurais. Sudeste Goiano.