Territorialização empresarial e ressignificação comunitária na Amazônia maranhense

Autores

  • Raifran Abidimar de Castro Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA Universidade Federal do Pará - UFPA (NAEA)
  • Edna Maria Ramos de Castro Professora Titular do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/UFPA, e pesquisadora do CNPq.

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT122605

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar como a mineradora Vale S/A e a silvicultora Suzano Papel e Celulose S/A têm utilizado de referenciais simbólicos para ampliar sua capacidade de territorialização em comunidades rurais; respectivamente no Assentamento Francisco Romão, e na Reserva Extrativista do Ciriáco, ambas no oeste maranhense. Para isso foram analisados documentos das duas empresas; atas de reuniões destas com as comunidades; acompanhamento da ação dos seus representantes em campo; e análise de relatos e avaliações dos comunitários sobre a ação destas empresas. Tem-se que as empresas utilizam os momentos de relação com as comunidades, bem como dos seus investimentos financeiros, para estabelecerem referenciais simbólicos de dominação; além disso, conseguem se territorializar através da instalação de estruturas arquitetônicas que se tornam símbolos positivos da ação empresarial nos territórios comunitários. Com isso, os comunitários passam a considerar que existem pontos positivos nos investimentos em grandes projetos econômicos, iniciando-se um processo de ressignificação comunitária a partir da ação empresarial.

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Biografia do Autor

Raifran Abidimar de Castro, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA Universidade Federal do Pará - UFPA (NAEA)

Possui graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual do Maranhão - Centro de Estudos Superiores de Imperat (2005), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Pará (2009) e doutorando em Desenvolvimento Socioambiental no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA). Atualmente é professor de ensino médio e técnico do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão ambiental, planejamento urbano e sensoriamento remoto. Consultor Ad Hoc do Comitê Interno de Avaliação de projetos PIBIC/PIBIT IFMA.Líder do Grupo de Pesquisa ABSaber (Ambiente, Sociedade e Sustentabilidade em Açailândia - MA).

Edna Maria Ramos de Castro, Professora Titular do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/UFPA, e pesquisadora do CNPq.

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1969) e mestrado e doutorado em Sociologia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris, 1978-1983) Atualmente é professora Associada IV da Universidade Federal do Pará, NAEA/UFPA. Foi Professora Visitante da Universidade de Québec à Montreal (1996), Montréal, Canadá, Professora Visitante na Universidade de Brasília, UnB, Departamento de Sociologia (2004/2005) e Professora Visitante na Université Le Havre, França (2010). Foi Coordenadora do Colegiado do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento do Trópico

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Publicado

08-06-2018

Como Citar

CASTRO, R. A. de; DE CASTRO, E. M. R. Territorialização empresarial e ressignificação comunitária na Amazônia maranhense. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 12, n. 26 Abr., 2018. DOI: 10.14393/RCT122605. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/37552. Acesso em: 29 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos