Populações locais e hidrelétricas: o caso de duas localidades atingidas pela barragem de Belo Monte, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT102027629Palavras-chave:
Grandes Projetos, Conflitos, Mobilização, Rio Xingu, AmazôniaResumo
Por meio deste trabalho foi estudada a percepção e a mobilização de famílias das localidades do Ramal dos Penas e São Raimundo Nonato na Volta Grande do Xingu em relação à construção da hidrelétrica de Belo Monte. Foram feitas 15 entrevistas no período compreendido entre os meses de maio e julho de 2012. Do ponto de vista político a mobilização se deu em função do medo das mudanças de perder o espaço de moradia e de produção, das modificações nas relações sociais existentes na área, do controle da produção do alimento. Essa resistência era dos que foram forçados a sair, e os enfrentamentos ao projeto foram solapados fundamentalmente pela rapidez das transformações socioambientais em decorrência do início das obras. O caso apresentado fornece elementos para o debate sobre projetos e investimento que se realizam na Amazônia e que embora violentos pretendem-se  apaziguadores dos conflitos, pregam a inexorabilidade das obras e a naturalização da expropriação das pessoas sob o pretexto do progresso e do bem comum sobrepondo-se a modos de vida e ampliando injustiças sociais.
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