O QUE FITÓLITOS, ESPÍCULAS DE ESPONJAS E CONCHAS NOS “CONTAM” SOBRE O PASSADO DO SAMBAQUI DA FOZ DO RIO PORUQUARA, GUARAQUEÇABA, PARANÁ?
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG249465891Palavras-chave:
Dados “proxies”, Sítio Arqueológico, PaleoambientesResumo
As diferentes ocupações humanas pretéritas estão correlacionadas a filtros culturais entrelaçados às condições paleoambientais, dentre esses vestígios estão os sambaquis, que podem ser caracterizados como morros artificiais. A pesquisa foi realizada no sambaqui da Foz do Rio Poruquara, município de Guaraqueçaba, Paraná, tendo como objetivo interpretar o significado paleoambiental dos fitólitos, das espículas de esponja e das conchas de moluscos recuperados na área de estudo. Nas amostras de perfis estratigráficos, do acervo do Museu Paranaense, para a recuperação dos fitólitos e espículas de esponja utilizou-se de protocolos já descritos na literatura para esses “proxies”, enquanto as conchas foram identificadas por meio de método comparativo. Estabeleceu-se para o sambaqui da Foz do Rio Poruquara datação relativa de aproximadamente 4.000 anos AP. Com base na ocorrência dos fitólitos ao longo do perfil, foi possível estabelecer três zonas com características de vegetação diferentes: I) base: gramíneas; II) intermediária: gramíneas-arbustivo; III) topo: arbóreo-gramíneas. Quanto às espículas de esponjas verificou-se que a área do sambaqui sempre esteve sob influência das oscilações do nível do mar. As conchas de moluscos indicam que durante todo o período de construção do sambaqui a vegetação manteve características similares às observadas na atualidade (baías, estuários e mangues).
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