Caminhos de Geografia https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia <p style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 6.0pt 0cm;">A Revista Caminhos de Geografia é um periódico on-line organizado e mantido pelo Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO) da Universidade Federal de Uberlândia. A Caminhos de Geografia tem como objetivo a divulgação do conhecimento científico de temas pertinentes à Geografia e áreas correlatas com interfaces nas Ciências Humanas, Tecnológicas e Ambientais.</p> <p>Para tanto, são publicados artigos originais resultantes de pesquisa científica de natureza empírica, experimental ou conceitual da área de Geografia e de áreas afins (desde que tenham, em sua essência, relação com a Ciência Geográfica), contribuindo assim para a ampliação do debate científico e acesso ao conhecimento geográfico em âmbito nacional e internacional.</p> EDUFU - Editora da Universidade Federal de Uberlândia pt-BR Caminhos de Geografia 1678-6343 <p align="justify"><span style="font-size: small;">Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à&nbsp; revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a>. b) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. c) Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.</span></p> ANÁLISE DE MUDANÇA NO USO DO SOLO NA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA, CIDADE DO RIO DE JANEIRO – BRASIL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/69794 <p class="TextoResumoeAbstract">A pressão urbana sobre as áreas protegidas nos grandes centros urbanos, torna urgente o debate sobre o uso e ocupação do solo no entorno das unidades de conservação (UC). O Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) é uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral que, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), destina-se à preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica. O PEPB apresenta em seu plano de manejo a delimitação da Zona de Amortecimento (ZA), a qual tem a função de minimizar impactos e ordenar o uso e a ocupação do solo do entorno do Parque, protegendo a fauna e a flora do seu interior. O presente trabalho visa analisar a redução da cobertura vegetal entre os anos de 2004 e 2018 na ZA do Parque Estadual da Pedra Branca, com o auxílio da ferramenta Land Change Modeler (LCM), do software IDRISI, e identificar como as legislações e as mudanças de uso do solo no município do Rio de Janeiro, contribuíram para incentivar a ocupação residencial deste território.</p> Vivian Castilho da Costa Eloisa da Silva Pereira Copyright (c) 2024 Vivian Castilho da Costa, Eloisa da Silva Pereira http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 01–14 01–14 10.14393/RCG259969794 CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA PAISAGEM DOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS LÍTICOS LASCADOS DA SERRA DA MESA NO MUNICÍPIO DE GURINHATÃ – MINAS GERAIS https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70469 <p>O objetivo desta pesquisa foi mapear e identificar vestígios arqueológicos, por meio do uso de geoindicadores, na paisagem que contempla a área da Serra da Mesa, município de Gurinhatã, MG. Para tanto, foram utilizados conhecimentos da Ciência Geográfica, principalmente em ênfase geológica, geomorfológica, e dinâmica hidrográfica. Os procedimentos metodológicos foram: a) Revisão bibliográfica e elaboração de mapeamentos temáticos, b) Trabalho de campo e registro fotográfico da paisagem, na qual foram evidenciados artefatos encontrados em superfície. Os resultados obtidos caracterizaram a Serra da Mesa enquanto relevo tabular, e de litoestrutura caracterizada pela Formação Marília, sendo o Cerrado a principal vegetação predominante. Nos topos de morro foram registrados vários locais de incidência de artefatos líticos lascados produzidos por grupos indígenas. A observação <em>in situ</em> dos materiais arqueológicos líticos lascados, correlacionados com os aspectos físicos que compõem a paisagem geográfica, contribuíram para os estudos de padrão de assentamento de grupos humanos que habitaram a região no passado.</p> Claúdio Scarparo Silva Leda Correia Pedro Miyazaki Juliana Aparecida Rocha Luz Zago Copyright (c) 2024 Claúdio Scarparo Silva, Leda Correia Pedro Miyazaki, Juliana Aparecida Rocha Luz Zago http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 15–34 15–34 10.14393/RCG259970469 O CIRCUITO ESPACIAL PRODUTIVO DE CELULOSE EM MATO GROSSO DO SUL – BRASIL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70599 <p>Este estudo objetiva compreender o circuito espacial produtivo de celulose em Mato Grosso do Sul. Por intermédio dos procedimentos metodológicos adotados – revisão bibliográfica, coleta e análise de dados de fontes secundárias, pesquisa documental e trabalhos de campo –, constatou-se, a partir da análise do circuito espacial produtivo de celulose, que os quatro momentos da produção capitalista, embora distintos, são complementares e interdependentes. Além disso, também se verificou que o circuito pesquisado articula o Mato Grosso do Sul, sobretudo sua região Leste, ao mundo, notabilizando sua multiescalaridade geográfica. Vale salientar que essa conjuntura é viabilizada por diversos agentes que integram os círculos de cooperação e que são essenciais para o desenvolvimento do circuito espacial produtivo de celulose em decorrência de ações no âmbito financeiro, normativo, científico e tecnológico.</p> Leandro Reginaldo Maximino Lelis Copyright (c) 2024 Leandro Reginaldo Maximino Lelis http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 35–48 35–48 10.14393/RCG259970599 ‘O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO’: PROBLEMATIZANDO A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR A PARTIR DAS PRÁTICAS SOCIOESPACIAIS DE JOVENS E DA EDUCAÇÃO EM PERIFERIAS URBANAS https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70153 <p>O artigo evidencia as contribuições conceituais das práticas socioespaciais produzidas por jovens no espaço do bairro e o desenvolvimento de uma Educação em periferias urbanas, à análise da unidade temática ‘o sujeito e seu lugar no mundo’, proposta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Fundamental. É norteado pela seguinte questão: de que maneira as práticas socioespaciais produzidas por jovens, no espaço do bairro e o desenvolvimento de uma Educação em periferias urbanas, podem contribuir conceitualmente à análise da unidade temática na BNCC no Ensino Fundamental? Para tanto foi realizado um estudo teórico da BNCC, especificamente o componente de Geografia, além de uma investigação empírica envolvendo a técnica de associação livre de palavras, a hierarquização de itens e os mapas afetivos. A partir da concepção dos sujeitos sobre o espaço vivido e as práticas sociais cotidianas experienciadas no bairro, observa-se a emersão de conhecimentos do senso comum tributários das Representações Sociais do espaço, que dentro da escola potencialmente reformulam os currículos praticados. A discussão proposta nos remete a um enfoque pedagógico considerando as ações cotidianas, o enredamento com o mundo da vida, a ação criativa e a produção de sentido, prenunciando desdobramentos para documentos norteadores da Educação.</p> Silvia Letícia Costa Pereira Correia Andrea Coelho Lastória Copyright (c) 2024 Silvia Letícia Costa Pereira Correia, Andrea Coelho Lastória http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 49–62 49–62 10.14393/RCG259970153 PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO DA PREFEITURA-BAIRRO I (CENTRO/BROTAS), SALVADOR – BA https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70329 <p>Este trabalho tem por objetivo analisar os padrões de uso e ocupação do solo da Prefeitura-Bairro I (Centro/Brotas), Salvador – BA, de modo a revelar a disparidade socioespacial. A pesquisa utiliza o método de fotointerpretação sem ser excessivamente técnica, tendo como base fotografias aéreas de alta resolução, em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com uma abordagem qualiquantitativa sobre o uso e ocupação do solo urbano, de modo a subsidiar o planejamento e a gestão do espaço urbano. Apresenta uma leitura do espaço geográfico com base numa cartografia, considerando dados de censo demográfico, explorando ainda os aspectos da paisagem urbana na avaliação das segregações sociais, econômicas e raciais que compõem as estruturas de uma importante parte da metrópole de Salvador. A pesquisa consiste na produção de um banco de dados geográficos (cartográfico e fotográfico), disponibilizado institucionalmente para os pesquisadores e demais segmentos da sociedade, no sentido de a sociedade civil e a gestão pública poderem compreender o presente e projetar o futuro da mais antiga capital do Brasil.</p> Gustavo Barreto Franco Laís Guimarães de Magalhães Luis Filipe de Alcântara Motta Beatriz Gomes Santos Sidnara Nascimento da Silva Copyright (c) 2024 Gustavo Barreto Franco, Laís Guimarães de Magalhães, Luis Filipe de Alcântara Motta, Beatriz Gomes Santos, Sidnara Nascimento da Silva http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 63–83 63–83 10.14393/RCG259970329 A TERRITORIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS CULTURAIS: UMA ANÁLISE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO RIO DE JANEIRO PARA O PERÍODO DE 2021 - 2024 https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70369 <p>O Plano Estratégico 2021-2024 da cidade do Rio de Janeiro pode ser definido como um conjunto de ações concretas, demarcadas por metas, para pensar a cidade no prazo do mandato em vigência. Com relação às políticas culturais, o plano tinha como meta territorializar o fomento para as zonas norte e oeste, áreas periféricas da cidade. O artigo tem como objetivo discutir como o conceito de território influenciou a implementação das políticas culturais na capital do estado fluminense dentro de seu plano estratégico. Como metodologia, foi realizada uma discussão teórica acerca da relação entre a Geografia e políticas públicas, seguida de uma análise da divisão territorial do Rio de Janeiro dentro do planejamento estratégico para políticas culturais e, por fim, uma leitura crítica da primeira edição do programa de fomento à cultura carioca (FOCA). Como resultado, constatou-se que o programa de fato possui um olhar direcionado para as zonas periféricas, mas que as diferenças internas da zona oeste e o baixo valor da linha territorial do programa urgem a necessidade de um olhar geográfico mais atento aos territórios de planejamento da cidade.</p> Bruno Costa Guimarães Copyright (c) 2024 Bruno Costa Guimarães http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 84–94 84–94 10.14393/RCG259970369 ARQUEOLOGIA DA PAISAGEM E GEOSSISTEMAS: BASES TEÓRICO-METODOLÓGICAS PARA INVESTIGAÇÃO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO TOCA DO ÍNDIO (CHIADOR, MG) https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70394 <p class="TextoResumoeAbstract">Vestígios arqueológicos da Tradição São Francisco tem sido recorrentemente encontrados na parte meridional do estado de Minas Gerais e na Zona da Mata mineira, a exemplo do sítio arqueológico Toca do Índio (Chiador, MG), ponto focal do presente artigo, cujo objetivo é interpretar o aludido sítio arqueológico a partir de uma relação dialógica entre a abordagem geossistêmica e a arqueologia da paisagem. Os resultados apontaram relações com as paisagens regionais dadas pela posição da caverna em um sítio estratégico, funcionando como um mirante que desvela uma ampla visada regional numa época em que uma vicejante cobertura de florestas semidecíduas que se colocava como elemento de dificuldade para deslocamentos e observações. O sítio em apreço, por sua vez, ostenta inscrições rupestres que consorciam figuras abstratas e alguns elementos zoomorfos recorrentemente encontrados nas pinturas da Tradição São Francisco; horizonte cultural cuja filiação dos vestígios encontrados é mais provável. Constatou-se ainda que o sítio apresenta considerável rol de ameaças naturais e antrópicas, urgindo assim práticas conservacionistas capazes de proteger o local e seu entorno.</p> Marcos Vinicius Dimas Lemos Roberto Marques Neto Luciane Monteiro Oliveira Copyright (c) 2024 Marcos Vinicius Dimas Lemos, Roberto Marques Neto, Luciane Monteiro Oliveira http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 95–113 95–113 10.14393/RCG259970394 DINÂMICA DE USO E OCUPAÇÃO DAS TERRAS NA REGIÃO COSTA DO DENDÊ, ESTADO DA BAHIA, BRASIL, ENTRE 1985 E 2023: UMA ANÁLISE DOS REFLEXOS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS EM ESCALA REGIONAL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70407 <p>A Região Costa do Dendê, Estado da Bahia, é composta por 8 municípios: Valença, Taperoá, Cairu, Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiúna, Camamu e Maraú, região nacional e internacionalmente reconhecida pelo valor dos seus patrimônios naturais. Diante do processo de formação histórico-regional, reconhece-se como necessário identificar as dinâmicas de apropriação desse território, amparado por uma análise socioeconômica e ambiental. A fim de alcançar os objetivos propostos, foram utilizados dados demográficos e econômicos do IBGE (2010; 2016; 2023), mapeados cinco cenários temporais (1985, 1995, 2005, 2015 e 2023) utilizando imagens do satélite Landsat, classificadas pelo método de Máxima Verossimilhança. Os resultados apontam o aumento das áreas agrossilvipastoris e das áreas urbanas em detrimento da destruição das áreas florestadas e dos manguezais, o que culmina na redução das nascentes, assoreamento dos canais fluviais, aterramento de mangues e erosão costeira, além das explorações dos patrimônios culturais nesse território. Tais impactos são reflexos de decisões de agentes econômicos, como o investimento em estruturas rodoviárias, a inserção de gêneros de produção alimentícia, de atividades de industrialização e o investimento massivo no turismo imobiliário. Recomenda-se a regularização de tais atividades e a adoção de medidas conservacionistas diante dos serviços ecossistêmicos prestados pelas comunidades tradicionais presentes na área.</p> Sarah Andrade Sampaio Regina Célia de Oliveira Sirius Oliveira Souza Copyright (c) 2024 Sarah Andrade Sampaio, Regina Célia de Oliveira, Sirius Oliveira Souza http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 114–132 114–132 10.14393/RCG259970407 O CRONISTA E O GEÓGRAFO: AUTOBIOGRAFIAS URBANAS AFETIVAS E SABERES NA CIDADE DE SOBRAL - CE BRASIL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70441 <p>Este artigo tem como objetivo conectar geografias autobiográficas existenciais apoiadas em formas de saberes e de afetividades. Propõe explorar saberes geográficos embasados em conhecimentos vernaculares da literatura cronista e veiculares da ciência geográfica. Neste sentido, procura evidenciar conexões entre duas autobiografias: primeiramente, a de um escritor radicado em Sobral e, em um segundo momento, a de um geógrafo nascido na mesma cidade. Dimensão afetiva da experiência do espaço, saberes geográficos vernaculares e saberes geográficos veiculares acadêmicos são termos-chaves; há fortes interconectividades entre os sujeitos em suas existências particulares, cujos significados explicam as dimensões existenciais como fatos geográficos. A metodologia debruça-se tanto sobre a interpretação existencial das imagens e das paisagens urbanas vividas quanto sobre a busca de suas essências ou de realidades espaciais as quais mais se aproximam do que se distanciam. Ressalta-se que geografia e existências estabelecidas sob saberes particulares e afetividades fazem parte da essência humana no espaço e integram a produção do conhecimento, daí a necessidade de ultrapassar limites científicos metodológicos reducionistas.</p> Raimundo Freitas Aragão Copyright (c) 2024 Raimundo Freitas Aragão http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 133–147 133–147 10.14393/RCG259970441 ÍNDICE DE ANOMALIA DE CHUVA E SUA ASSOCIAÇÃO AO EL NIÑO-OSCILAÇÃO SUL (ENOS) EM RIO BRANCO (AC), BRASIL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70556 <p class="TextoResumoeAbstract">Entre as variáveis meteorológicas a chuva é mais importante para a manutenção da vida na Terra, porém a sua falta constante têm alterado o clima de diversas regiões e causando grandes prejuízos a sociedade. O objetivo deste estudo foi avalia a ocorrência de episódios de anomalia de chuva associados às fases do El Niño Oscilação-Sul (ENOS) no município de Rio Branco (AC), por meio dos Índices de Anomalia de Chuva (IAC) e Índice Oceânico de Niño (ONI). O índice IAC Identificou que 29,3% dos anos foram de seca suave, 14,63% de seca moderada e 12,2% de seca alta. Episódios de intensidade umidade baixa ocorrem em 21,9% dos anos, e de umidade moderada em 12,2% dos anos. Episódios de intensidade umidade alta ou extremamente alta apresentaram percentuais iguais em 4,9% dos anos, relacionados ao ONI. O desempenho das interações (IAC versus ENOS) com base nos parâmetros estatísticos (R<sup>2</sup>, r, d, IC, EPE e RMSE), aponta para um baixo desempenho dos modelos de regressões. Essas evidências sugerem que a variabilidade climática tem impactado significativamente na hidrologia da região, e medidas adequadas são necessárias para gerenciar os impactos de uma mudança climática nos recursos hídricos.</p> Givanildo de Gois Paulo Miguel de Bodas Terassi José Genivaldo do Vale Moreira Josimar da Silva Freitas Bruno Serafini Sobral Marcelo Alves Muniz Djailson Silva da Costa Júnior Indira Sueline Silva Aleluia Mario Henrique Guilherme dos Santos Vanderlei Geraldo de Carvalho Neto Copyright (c) 2024 Givanildo de Gois, Paulo Miguel de Bodas Terassi, José Genivaldo do Vale Moreira, Josimar da Silva Freitas, Bruno Serafini Sobral, Marcelo Alves Muniz, Djailson Silva da Costa Júnior, Indira Sueline Silva Aleluia, Mario Henrique Guilherme dos Santos Vanderlei, Geraldo de Carvalho Neto http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 148–166 148–166 10.14393/RCG259970556 VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL (1981-2020) DA CHUVA NA REGIÃO COSTEIRA DO ESTADO DO PARÁ – AMAZÔNIA ORIENTAL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70567 <p class="TextoResumoeAbstract">A região costeira do Pará é caracterizada pelo maior índice pluviométrico do estado. Atualmente as representações da variabilidade das chuvas estão predominantemente baseadas em dados de estações meteorológicas de superfície, promovendo uma confiança limitada para estudos sobre a variabilidade da chuva local. Neste contexto, propõem-se analisar a variabilidade da chuva para a região costeira do Pará, utilizando dados de sensoriamento remoto. O estudo apresenta a aplicação da técnica do produto de sensoriamento remoto, disponibilizado pelo Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Stations (CHIRPS) com base nas estimativas e dados de alta resolução espacial e temporal. A variabilidade espaço-temporal da chuva foi representada pela climatologia anual, sazonal e mensal, e relacionada aos sistemas e mecanismos oceano-atmosfera que favorecem a precipitação local. A variabilidade anual mostrou que as chuvas apresentam distribuição distintas em anos de ocorrência do mecanismo ENOS. Na escala sazonal os dados elucidaram a sazonalidade regional com maiores acumulados de chuvas durante o verão e outono. Na escala mensal as chuvas ficaram distribuídas principalmente na porção norte da área durante os primeiros meses do ano. Este conhecimento torna-se uma ferramenta alternativa e eficaz para o gerenciamento costeiro, corroborando para estudos de modelagem e permitindo sua replicação para outras áreas.</p> Marcos Ronielly Silva Santos Eder Mileno Silva de Paula Davi Rodrigues Rabelo Marcia Aparecida da Silva Pimentel Copyright (c) 2024 Marcos Ronielly Silva Santos, Eder Mileno Silva de Paula, Davi Rodrigues Rabelo, Marcia Aparecida da Silva Pimentel http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 167–178 167–178 10.14393/RCG259970567 A CONSTRUÇÃO SOCIAL DE PROBLEMAS AMBIENTAIS E A PRODUÇÃO DE INJUSTIÇA ESPACIAL: O BAIRRO RUA DIREITA, EM TRÊS RIOS – RJ https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70581 <p class="TextoResumoeAbstract">O presente artigo utiliza a construção social de problemas ambientais como proposta para discutir os problemas ambientais que são socialmente construídos no município de Três Rios – RJ. Com isso, o objetivo do estudo foi identificar as principais reivindicações ambientais dos moradores do bairro Rua Direita, em Três Rios, que é um bairro periférico que contém em seu território diversas fontes potenciais de poluição ambiental, incluindo diversas indústrias, o antigo lixão municipal e o novo aterro sanitário. Buscou-se verificar como a população interpreta a espacialidade desses problemas ambientais e avaliar a produção de injustiça espacial no local. Para isso, foram feitas entrevistas semiestruturadas com os moradores do bairro. Doze entrevistas foram realizadas e o principal problema ambiental identificado foi o aterro sanitário. A partir da operação do aterro, foi identificada a geração de chorume e o seu lançamento nos corpos hídricos do bairro. A população está exposta aos impactos ambientais do chorume. A decisão locacional de concentrar diversas atividades poluidoras no mesmo bairro revela a produção de uma zona de sacrifício dentro do município de Três Rios. O aterro sanitário, então, aparece como um promotor de injustiça espacial e ambiental com anuência do poder público.</p> Maurício Correia Batista Júnior Bruno Milanez Copyright (c) 2024 Maurício Correia Batista Júnior, Bruno Milanez http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 179–194 179–194 10.14393/RCG259970581 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS RELACIONADOS AO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70593 <p>Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) são caracterizados por perturbações na cognição, regulação emocional e comportamento do indivíduo. Este estudo realizou o mapeamento multitemporal da taxa de TMC no Estado de São Paulo entre 2008 e 2021. A detecção e análise de agrupamento espacial foi realizada com técnicas de estatística espacial. Existe uma dependência espacial entre os municípios do estado de São Paulo quanto à taxa de TMC no período de 2008 a 2021. Uma oscilação nos casos de TMC nos municípios nos últimos anos foi evidenciada. Os homens são mais acometidos que as mulheres e a faixa etária de 20 a 59 anos de idade a de maior risco. Conclui-se que o padrão de distribuição da taxa de TMC não é aleatório no Estado de São Paulo, sendo as mesorregiões de Campinas, Assis e Marília as mais preocupantes no estado. Este trabalho encontrou padrões e tendências na distribuição da taxa de TMC relacionados ao uso de substâncias psicoativas em diferentes regiões do Estado de São Paulo. Isso pode ajudar a planejar e implementar políticas públicas mais efetivas de prevenção e tratamento para esses transtornos nas áreas de maior ocorrência.</p> Felipe de Oliveira Barbosa Mariany Kerriany Gonçalves de Souza Ana Paula Alves Favareto Renata Calciolari Rossi Edmur Azevedo Pugliesi Renan Furlan de Oliveira Ana Paula Marques Ramos Copyright (c) 2024 Felipe de Oliveira Barbosa, Mariany Kerriany Gonçalves de Souza, Ana Paula Alves Favareto, Renata Calciolari Rossi, Edmur Azevedo Pugliesi, Renan Furlan de Oliveira, Ana Paula Marques Ramos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 195–210 195–210 10.14393/RCG259970593 CONTEXTO LITOESTRATIGRÁFICO E CONSIDERACÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO JAZIGO FOSSILÍFERO DO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO OESTE-PR https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70609 <p>Esse trabalho teve por objetivo a descrição estratigráfica do jazigo fossilífero e a interpretação das condições de deposição, bem como das relações litofaciológicas da sequência sedimentar da Formação Rio Paraná, com destaque para o sítio paleontológico do Município de Cruzeiro do Oeste, no Estado do Paraná. O afloramento estudado é representado por uma sequência rítmica de estratos centimétricos, composto predominantemente por areia fina, formando uma sequência de pelo menos três estratos, intercalados por níveis argilosos milimétricos com hematita, ricos em fósseis de pterossauros. A disposição caótica destes elementos, junto ao topo de cada estrato, indica para a interpretação de uma deposição em condições de transbordamento de águas, com escoamento superficial efêmero distal, e no qual denominamos de Litofácies de Planície de Transbordamento. Essa litofácie grada de forma transicional em direção ao topo para sequência arenosa fina, com estruturas sedimentares tênues, associadas a marcas de ondas na parte basal da camada. Essa sequência foi interpretada como Litofácies de Lençóis de Areia, depositadas inicialmente em condições de maior umidade do substrato e gradando para condições mais secas em direção ao topo.</p> Edison Fortes Rosana Natieli de Lima Américo José Marques Susana Volkmer Daniela Cristina Roque Vitor Bassi Mazzoni Copyright (c) 2024 Edison Fortes, Rosana Natieli de Lima, Américo José Marques, Susana Volkmer, Daniela Cristina Roque, Vitor Bassi Mazzoni http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 211–223 211–223 10.14393/RCG259970609 VARIAÇÕES SAZONAIS INTRA E INTERANUAL DA COBERTURA VEGETAL (NDVI E SAVI) NA MATA CILIAR DO BIOMA CAATINGA ASSOCIADA AO RESERVATÓRIO DE SERRINHA II, PE, BRASIL E SUA CORRELAÇÃO COM O SPI E O VOLUME HÍDRICO ACUMULADO https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70639 <p class="TextoResumoeAbstract">As matas ciliares são regiões ambientais que contribuem para a purificação da água, e reduzem a vulnerabilidade às inundações. Este estudo objetivou analisar as variações sazonais da cobertura vegetal da Caatinga nas proximidades do Reservatório de Serrinha II - PE, Brasil. O conjunto de dados orbitais foi composto por imagens do satélite MSI - Sentinel 2, de 2016 a 2021, entre os períodos: chuvoso e seco. Assim, avaliaram-se as respostas espectrais dos índices: Normalized Difference Vegetation Index (<span style="font-size: 10.0pt;">NDVI) e</span> Soil Adjusted Vegetation Index (<span style="font-size: 10.0pt;">SAVI)</span>, correlacionados com o Standardized Precipitation Index (SPI) e a variação volumétrica do reservatório. Os resultados evidenciaram que os índices indicaram crescimento da vegetação no período chuvoso e redução no período seco. De 2016 a 2018 foi identificado, ao correlacionar o SPI com os índices, a redução da vegetação devido a eventos de seca. De 2019 a 2021 tem-se um estágio de regeneração com um aumento positivo dos valores de SPI. Esses eventos também proporcionaram a redução de volume acumulado do reservatório, que apresentou o menor valor em 2017 (11,66 hm³). Com isso, a associação do SPI aos índices possibilitou a identificação de mudanças na cobertura vegetal e no volume do reservatório, ocasionadas por déficit pluviométrico.</p> Ubiratan Joaquim da Silva Junior Juarez Antonio da Silva Junior Débora Natália Oliveira de Almeida Ester Milena dos Santos Anderson Luiz Ribeiro de Paiva Sylvana Melo dos Santos Leidjane Maria Maciel de Oliveira Copyright (c) 2024 Ubiratan Joaquim da Silva Junior, Juarez Antonio da Silva Junior, Débora Natália Oliveira de Almeida, Ester Milena dos Santos, Anderson Luiz Ribeiro de Paiva, Sylvana Melo dos Santos, Leidjane Maria Maciel de Oliveira http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 224–242 224–242 10.14393/RCG259970639 CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE BACIAS DE DISSOLUÇÃO NO MACIÇO DA SERRA DA BAIXA VERDE PB/PE https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70656 <p>O semiárido brasileiro dispõe de uma ampla diversidade de formas geológico-geomorfológicas distribuídas nos variados contextos litológicos e paisagísticos. Logo, considera-se relevante a realização de estudos que possam compreender os processos e formas dessas feições do relevo. O presente artigo tem como foco identificar a distribuição espacial de Bacias de Dissolução, cuja gênese está associada ao intemperismo químico atuante ao longo do tempo. O recorte espacial centra-se na Serra da Baixa Verde PB-PE, especificamente nas encostas e patamares com altitudes superiores a 700 m, sob um contexto geológico de sienitos, granodioritos, granitos etc. O primeiro passo para o desenvolvimento da pesquisa foi a identificação tanto por imagens de satélites quanto pelos trabalhos de campo. Na sequência foi realizado mapeamento e a caracterização morfológica com auxílio de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), bem como a classificação morfológica pautada em Gutiérrez (2005) e Silva, Correa e Amorim (2017). Os resultados apontaram que as Bacias de Dissolução apresentam diferentes formas e profundidades, variando de côncavas, circulares, ocelares, entre outras.</p> Jeovanes Lisboa da Silva Filho Jonas Otaviano Praça de Souza Copyright (c) 2024 Jeovanes Lisboa da Silva Filho, Jonas Otaviano Praça de Souza http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 243–256 243–256 10.14393/RCG259970656 DESIGUALDADE SOCIOESPACIAL E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NO BRASIL: INDICADORES E ÍNDICES https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70664 <p>A salvaguarda das necessidades básicas é o grande desafio advindo da contemporaneidade. Frente à complexidade das desigualdades entre as regiões brasileiras, a proposição e utilização de índices multidimensionais a partir de indicadores sintéticos podem favorecer a gestão pública quanto à avaliação e mensuração dos fenômenos intimamente relacionados às múltiplas desigualdades. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo discutir a desigualdade socioespacial e o desenvolvimento territorial através da elaboração e aplicação de um Índice Multidimensional de Desigualdade Socioespacial. Trata-se de uma pesquisa aplicada, exploratória e quantitativa, realizada utilizando dados secundários disponíveis no Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil (2023), amparado na aplicação da técnica multivariada de Análise Fatorial. O índice proposto neste estudo parte do pressuposto de que uma avaliação holística necessita incluir a dimensão ambiental, social e econômica. Como resultados, o Índice Multidimensional de Desigualdade Socioespacial dos estados brasileiros apresenta a concentração dos piores valores nos estados do Maranhão, Amapá e Acre, enquanto o decil com os melhores resultados inclui os estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.</p> Walef Pena Guedes Bruna Angela Branchi Denise Helena Lombardo Ferreira Cibele Roberta Sugahara Copyright (c) 2024 Walef Pena Guedes, Bruna Angela Branchi, Denise Helena Lombardo Ferreira, Cibele Roberta Sugahara http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 257–278 257–278 10.14393/RCG259970664 O CADASTRO NACIONAL DE PESSOA JURÍDICA COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA AS PESQUISAS SOCIOESPACIAIS: POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DA BASE DE DADOS NACIONAL https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/69640 <p>O objetivo deste trabalho é apresentar a base de dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), disponibilizada para acesso público pela Receita Federal, como fonte e recurso metodológico para a produção de estudos espaciais, especialmente no âmbito da Geografia Urbana, Econômica e Regional. Para tanto, o artigo retoma alguns postulados sobre os aportes metodológicos na pesquisa socioespacial e, através de diversos exemplos, destaca as potencialidades de uso da base de dados do CNPJ, com seus desdobramentos escalares, setoriais e temporais. Além disso, o trabalho avalia alguns limites e cuidados metodológicos que devem ser considerados pelos pesquisadores ao utilizar e aplicar esta fonte.</p> Késia Anastácio Alves da Silva Natalia Daniela Soares Sá Britto Copyright (c) 2024 Késia Anastácio Alves da Silva, Natalia Daniela Soares Sá Britto http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 279–300 279–300 10.14393/RCG259969640 MAPEAMENTO DE SUSCETIBILIDADE ÀS INUNDAÇÕES COM BASE NA ANÁLISE MULTICRITÉRIO (AHP): ESTUDO DE CASO DO DISTRITO DE CHÓKWE, EM MOÇAMBIQUE https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70390 <p>Este estudo procurou identificar os níveis de suscetibilidade às inundações no distrito de Chókwe (Moçambique), em um contexto de aumento de eventos extremos derivados das mudanças do clima. O Chókwe está localizado numa planície de inundação da bacia hidrográfica do rio Limpopo. Para a elaboração dos mapas foram aplicados pesos conforme a metodologia <em>Analytical Hierarchy Process</em> (AHP), proposta por Saaty na década de 1970. A elaboração do mapa foi realizada usando-se o <em>ArgGis</em> 10.4.1. A altitude foi o fator de maior influência. Outros fatores que contribuíram de forma significativa para a formação da suscetibilidade nessas áreas foram: a proximidade de canais de drenagem e o índice topográfico de umidade.</p> Tomé Francisco Chicombo Alecir Antônio Maciel Moreira Copyright (c) 2024 Tomé Francisco Chicombo, Alecir Antônio Maciel Moreira http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 301–319 301–319 10.14393/RCG259970390 INSEGURANÇA JURÍDICA E A TITULAÇÃO DE TERRAS NOS ASSENTAMENTOS DO XINGU-ARAGUAIA (MT) https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70499 <p>A titulação de terras em assentamentos é considerada fundamental para a segurança alimentar, para o desenvolvimento socioeconômico dos assentados e tem o potencial de dinamizar o mercado de terras como consequência da regularização fundiária. Este artigo apresenta uma abordagem quanti-qualitativa que analisa a relação entre a titulação e a consolidação do território da agricultura familiar na fronteira agrícola do Xingu-Araguaia (MT). O objetivo principal é compreender os desdobramentos socioterritoriais do processo de regularização fundiária nos assentamentos do Xingu-Araguaia. Também busca-se identificar as características dos assentamentos e famílias assentadas da região bem como investigar o significado da titulação de terras entre os assentados. Verifica-se que a partir de 2020 houve uma aceleração da emissão de títulos de terras nos assentamentos dessa região, como resultado de políticas neoliberais implementadas no Brasil nos últimos anos. Além disso, evidencia-se que ao mesmo tempo que o título significa uma segurança para as famílias, ele também pode se tornar um instrumento de desestruturação dos assentamentos ao favorecer a expansão da fronteira agrícola, ameaçando estes territórios e os avanços conquistados nos últimos anos de luta pela terra.</p> Taiana Ciscotto Martins Lourenço Copyright (c) 2024 Taiana Ciscotto Martins Lourenço http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-04 2024-06-04 25 99 320–336 320–336 10.14393/RCG259970499