OS MEGAEVENTOS ESPORTIVOS NO BRASIL E O USO CORPORATIVO DO TERRITÓRIO: O CASO EMBLEMÁTICO DA VILA AUTÓDROMO NO RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG217449605Palavras-chave:
Olimpíadas, Impactos, Remoções, Conflitos territoriais, ResistênciaResumo
O uso dos territórios pelas grandes empresas e organizações esportivas internacionais tende atualmente a ocorrer de acordo com seus interesses e demandas que são cada vez mais influenciadas pelo capital internacional. Deste modo, a utilização de espaços selecionados do território nacional fica submetido a uma dinâmica que, por intermédio de instituições e empresas internacionais e com a tutela do Estado e dos governos locais, acaba se subordinando a uma lógica global. Este artigo tem como campo de estudo o fenômeno dos megaeventos esportivos como instrumentos de transformações socio-territoriais, problematizando de que forma as grandes organizações esportivas internacionais como a FIFA e o COI, junto com seus parceiros comerciais e o Estado, utilizam e planejam o espaço geográfico brasileiro para fins de realização dos megaeventos esportivos. Ao longo do estudo abordam-se questões relativas ao uso corporativo hierárquico do território pelos grandes grupos e organizações esportivas e os efeitos derivantes, com particular ênfase nos recentes megaeventos esportivos no Brasil: Copa do Mundo de Futebol de 2014 e Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Finalmente aborda-se o caso de estudo da Vila Autódromo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, como exemplo de significativa transformação do espaço pelos megaeventos esportivos.
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