FÓSSEIS E IDADE DE UM SETOR DA BARREIRA PLEISTOCÊNICA PARANAENSE1
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG113516090Palavras-chave:
Foraminíferos, ichnofósseis, análise de lenhos, datação 14C, barreira pleistocênica paranaense.Resumo
O objetivo deste trabalho é caracterizar o conteúdo fossilífero dos depósitos que constituem a planície com cordões litorâneos pleistocênica para auxiliar na interpretação dos ambientes de deposicionais, na determinação de paleoníveis marinhos. Foram identificadas as seguintes fácies: areia com estratificação cruzada swaley (Ssw), planar (Sp), acanalada (St), sigmóide (Ssg), de baixo ângulo (Sli); areia com ondulações e laminação cruzada (Sr), maciça (Sm), com acamamento flaser (Sf); lama maciça (Fm) e lama com linsen (Fl). Associados a esta fácies foram observados tubos, moldes de conchas e fragmentos e detritos vegetais. As associações de fácies correspondem a um sistema clástico dominado por ondas com influência de maré num contexto de delta de enchente. Foram identificados dois ichnofósseis: Ophiomorpha atribuída a Callichirus sp e moldes de bivalves. Nos areais ocorrem troncos, raízes e outros fragmentos de madeira associados a lama (fácies Fm e Fl), que foram identificadas como Ilex sp (Aquifoliaceae), Inga sp (Leguminosae Mimosoideae), Calyptranthes sp (Myrtaceae) e Laguncularia racemosa (Combretaceae). Nos testemunhos de sondagens o foraminífero Blysmasphaera brasiliensis, espécies características de mangue e estuários. A amostra de madeira proveniente da fácies de lama maciça (Fm), forneceu idade > 40.000 anos A.P. Tubos de Ophiomorpha atribuídos a Callichirus sp, permitem estimar que o paleonível marinho à época de formação da barreira era de oito 8 m superior ao atual. A espécie Blysmasphaera brasiliensis indica fácies depositadas em ambiente estuarino ou marinho raso.Downloads
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Copyright (c) 2010 José Carlos Branco, Rodolfo José Angulo, Maria Cristina de Souza, Sibelle Trevisan Disaró, Daniel Vicente Pupo, Rita Scheel-Ybert, Thaís Gonçalves, Luis Carlos Pessenda
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