FÓSSEIS E IDADE DE UM SETOR DA BARREIRA PLEISTOCÊNICA PARANAENSE1

Autores

  • José Carlos Branco UFPR/LECOST
  • Rodolfo José Angulo UFPR/LECOST
  • Maria Cristina de Souza UFPR/LECOST
  • Sibelle Trevisan Disaró UFPR/CEM
  • Daniel Vicente Pupo UFPR/CEM
  • Rita Scheel-Ybert UFRJ/LAPAV
  • Thaís Gonçalves UFRJ/LAPAV
  • Luis Carlos Pessenda USP/CENA

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG113516090

Palavras-chave:

Foraminíferos, ichnofósseis, análise de lenhos, datação 14C, barreira pleistocênica paranaense.

Resumo

O objetivo deste trabalho é caracterizar o conteúdo fossilífero dos depósitos que constituem a planície com cordões litorâneos pleistocênica para auxiliar na interpretação dos ambientes de deposicionais, na determinação de paleoníveis marinhos. Foram identificadas as seguintes fácies: areia com estratificação cruzada swaley (Ssw), planar (Sp), acanalada (St), sigmóide (Ssg), de baixo ângulo (Sli); areia com ondulações e laminação cruzada (Sr), maciça (Sm), com acamamento flaser (Sf); lama maciça (Fm) e lama com linsen (Fl). Associados a esta fácies foram observados tubos, moldes de conchas e fragmentos e detritos vegetais. As associações de fácies correspondem a um sistema clástico dominado por ondas com influência de maré num contexto de delta de enchente. Foram identificados dois ichnofósseis: Ophiomorpha atribuída a Callichirus sp e moldes de bivalves. Nos areais ocorrem troncos, raízes e outros fragmentos de madeira associados a lama (fácies Fm e Fl), que foram identificadas como Ilex sp (Aquifoliaceae), Inga sp (Leguminosae Mimosoideae), Calyptranthes sp (Myrtaceae) e Laguncularia racemosa (Combretaceae). Nos testemunhos de sondagens o foraminífero Blysmasphaera brasiliensis, espécies características de mangue e estuários. A amostra de madeira proveniente da fácies de lama maciça (Fm), forneceu idade > 40.000 anos A.P. Tubos de Ophiomorpha atribuídos a Callichirus sp, permitem estimar que o paleonível marinho à época de formação da barreira era de oito 8 m superior ao atual. A espécie Blysmasphaera brasiliensis indica fácies depositadas em ambiente estuarino ou marinho raso.

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Biografia do Autor

José Carlos Branco, UFPR/LECOST

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Paraná (1995) e mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Paraná (2004). Atuou como professor substituto no departamento de geologia da Universidade Federal do Paraná (2006). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: geologia costeira, geociências e ecossistemas de planície de maré.

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Publicado

15-09-2010

Como Citar

BRANCO, J. C.; ANGULO, R. J.; SOUZA, M. C. de; DISARÓ, S. T.; PUPO, D. V.; SCHEEL-YBERT, R.; GONÇALVES, T.; PESSENDA, L. C. FÓSSEIS E IDADE DE UM SETOR DA BARREIRA PLEISTOCÊNICA PARANAENSE1. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 11, n. 35, p. 69–80, 2010. DOI: 10.14393/RCG113516090. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16090. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos