A EXPANSÃO TERRITORIAL URBANA E O PROGRAMA DE DESFAVELAMENTO E LOTEAMENTOS URBANIZADOS
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG102915837Palavras-chave:
Produção do espaço urbano, segregação socioespacial, desfavelamento, loteamentos urbanizados, políticas habitacionaisResumo
Neste trabalho, realizamos a análise de loteamentos surgidos por meio do "Programa de Desfavelamento e Loteamentos Urbanizados", avaliando o nível maior ou menor de articulação desses loteamentos ao conjunto da área urbana de Presidente Prudente. Observamos a ocorrência e o grau de segregação socioespacial existentes, a partir da constatação do nível de integração entre os moradores dos loteamentos e o restante da cidade, bem como do grau de acesso que têm aos meios de consumo coletivo. Vimos como a produção do espaço e, especialmente, a produção de descontinuidade do tecido urbano, auxilia na constituição da segregação socioespacial. Isso é notável quando percebemos as diferenças de acesso à cidade em relação aos loteamentos estudados. No Parque Shiraiwa, loteamento que se encontra em região onde há bairros bem servidos de equipamentos públicos, observamos um grande nível de obtenção dos meios de consumo coletivo pelos moradores do loteamento. Já nos casos do Conjunto Brasil Novo e, principalmente, do Jardim Morada do Sol, verificamos como a implantação de assentamentos habitacionais em locais distantes e descontínuos ao tecido urbano acarreta uma baixa mobilidade espacial, gerando, assim, áreas urbanas marcadas por condições claras de segregação socioespacial.
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