INTERPRETAÇÃO GEOGRÁFICA POR PROFESSORES DE GEOGRAFIA: A MOBILIZAÇÃO DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG259768769

Palavras-chave:

Ensino de Geografia, Espacialidade do fenômeno, Conhecimento docente

Resumo

Este trabalho se debruça sobre a investigação dos conhecimentos operados por professores de Geografia ao ensejarem a intepretação de uma situação geográfica, mobilizando o raciocínio geográfico. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista projetiva articulada por uma questão geográfica. Os resultados indicam que, apesar de utilizarem conceitos durante a resolução das atividades propostas, os professores nem sempre operam com esses conceitos para a compreensão da situação geográfica em análise, o que compromete a mobilização efetiva do raciocínio geográfico. Além disso, mostram que, quanto menos o sujeito se apropria das linguagens fornecidas, mais lança mão de informações do senso comum, se distanciando da mobilização do raciocínio geográfico. Os limites apresentados pelos sujeitos ao mobilizarem o raciocínio geográfico na interpretação de uma situação geográfica, permitem inferir que os conhecimentos adquiridos pelos professores de geografia em sua formação inicial, podem comprometer a compreensão da espacialidade de um fenômeno condicionador de uma situação geográfica. Por fim, cabe destacar que não apostamos na existência única de um raciocínio geográfico, possivelmente combinações outras devem existir, advindas da multiplicidade de pesquisas que tomem como central a realização de uma interpretação geográfica na qual o espaço geográfico não seja um mero palco.

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Biografia do Autor

Patrícia Assis Silva Ribeiro, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF. Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2021). Possui graduação (2015) e mestrado (2017) em Geografia pela Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ. Desenvolve pesquisa em Ensino de Geografia, com ênfase no desenvolvimento do raciocínio geográfico e na intepretação de situações geográficas. Atua na área da cartografia escolar, com foco na cartografia tátil, geração de material didático e práticas pedagógicas.  Atualmente é coordenadora do subprojeto Geografia do Programa Instituição de Bolsas de Iniciação à Docência-Geografia da UFJF (Pibid Geografia).  É membro do Grupo de Estudos em Ensino e Pesquisa em Geografia - GEPEGEO, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Valéria de Oliveira Roque Ascenção, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Associada I no curso de Geografia do IGC/UFMG, atuando em disciplinas de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado obrigatório (graduação) e na Pós-graduação em Geografia lecionando a disciplina Metodologia da Pesquisa Qualitativa. Orienta trabalhos de mestrado e doutorado focados no ensino, no currículo e na formação de professores de Geografia. Atua como professora e pesquisadora colaboradora junto ao Núcleo de Ensino e Pesquisas em Educação Geográfica - NEPEG (IESA/UFG). Coordenou (março de 2014 a março 2018) o subprojeto Geografia do Programa Instituição de Bolsas de Iniciação à Docência-Geografia (Pibid Geografia) e atualmente coordenada o subprojeto Geografia no Programa Residência UFMG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em sócio cognição, formação docente, prática pedagógica em Geografia Escolar. Coordena, desde 2012, o Grupo de Estudos em Ensino e Pesquisa em Geografia (GEPEGEO) da UFMG. Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991), mestrado em Faculdade de Educação- FAE/UFMG (2003) (conceito 7 CAPES) e doutorado em Geografia e Análise Ambiental (conceito 6 Capes) pelo Instituto de Geociências/UFMG (2009). 

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Publicado

20-02-2024

Como Citar

SILVA RIBEIRO, P. A.; ASCENÇÃO, V. de O. R. INTERPRETAÇÃO GEOGRÁFICA POR PROFESSORES DE GEOGRAFIA: A MOBILIZAÇÃO DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 25, n. 97, p. 168–182, 2024. DOI: 10.14393/RCG259768769. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/68769. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos