A DIMENSÃO ESPACIAL DA EXISTÊNCIA E AS GEOGRAFICIDADES: SOBRE OS SENTIDOS E O FUNDAMENTO GEOGRÁFICO DA AÇÃO POLÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia196706Palavras-chave:
Espacialidades. Sentido de Ser. Vida Cotidiana. Relações cognitivas. Experiências vividas.Resumo
No presente artigo admite-se que a dimensão espacial da existência adquire sentido nas interações e relações cotidianas por meio das experiências e da cognição humana. Esses fenômenos estão ligados à construção de nossas geograficidades, e propiciam a pluralidade inerente à vida social. Assim, na concepção fenomênica do mundo, o sentido atribuído ao espaço é determinado por um ato de significação humana. Para a ação política, esse espaço é o da aparência, e como a pluralidade humana é conditio sine qua non dessa ação, a coexistência de ontologias evidencia-se por meio dos sentidos e do fundamento geográficos intrínsecos à ação. Portanto, o aparecer constitui-se no ato que impõe ao agente-sujeito Ser ao agir no espaço da aparência. Considera-se o fundamento geográfico da ação política o próprio espaço onde ela se realiza, e o seu sentido geográfico as geograficidades inerentes aos agentes-sujeitos responsáveis pela sua materialização na vida cotidiana. Ao propor a centralidade na ontologia existencial do Ser, as geograficidades como o fenômeno que traduz as mais profundas e íntimas relações e interações humanas com a Terra, tornam-se essenciais para a própria concepção e realização da ação política, visto que tal fenômeno tem na espacialidade intrínseca ao Ser sua constituição e sentido.
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