BANCO DE DADOS DE DESASTRES NATURAIS: ANÁLISE DE DADOS GLOBAIS E REGIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG71915495Palavras-chave:
banco de dados, desastres naturais, vulnerabilidade, mudanças globais, BrasilResumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar a qualidade dos bancos de dados de desastres naturais, tanto em escala global quanto regional. Os dados do banco global EM-DAT foram obtidos junto ao Centre for Research on the Epidemiology of Disaster (CRED), e do regional junto ao Departamento Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina (DEDC-SC). Conforme dados do EM-DAT, aumentou significativamente a freqüência e a intensidade dos desastres naturais em todo o mundo, principalmente a partir da década de 50. A taxa de crescimento da população (15%) foi bem inferior à taxa de crescimento dos desastres (56%) para o período analisado (1900-2000). Ressalta-se que na década de 80, a taxa de desastres atingiu seu pico máximo, que foi de 100%. Esse aumento dos desastres no século XX, deu-se em função do crescimento populacional, da segregação socioespacial, da acumulação de capital em zonas perigosas, do avanço das comunicações e das mudanças globais. Para o Brasil, os dados totais do EM-DAT (261 registros) apresentaram-se bem inferiores aos dados da DEDC-SC computados para Santa Catarina (3,373 registros). Esse foi um erro de omissão encontrado no EM-DAT, visto que todos os dados do DEDC-SC obedecem a pelo menos um dos critérios requeridos pelo banco global. Mas, ambos os bancos apresentaram grandes similaridades em relação à porcentagem de cada tipo de desastre, com correlação de 0,87. As inundações representam 61% do total registrado, tanto para o banco global quanto para o regional. Apesar da diferença nas escalas de atuação, foram identificados nos bancos erros de omissão e de inserção, de tipologia e de quantificação.
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