Medusa em vermelho e preto
Éliane Chiron, «Loisirs de la vie moderne», colagem de imagens digitais, impressão jato de tinta sobre papel  (53x40 cm), 2015.
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Éliane Chiron
pintura
cor
imagem digital

Cómo citar

Cattani, I. B. (2024). Medusa em vermelho e preto: a “pintura numérica” de Éliane Chiron. Revista Estado Da Arte, 4(2). https://doi.org/10.14393/EdA-v4-n2-2023-73350
Share |

Resumen

O texto intitulado “Medusa em vermelho e preto. A “pintura numérica” de Éliane Chiron”, escrito por Icleia Borsa Cattani, coloca em evidência o percurso criador da pintura digital da artista e escritora Éliane Chiron. Pontua que, inicialmente, a artista trabalhava com desenhos e pinturas, usando os meios tradicionais, desenvolvendo uma poiética e poética originais. As propriedades da mão, ao trabalhar, e sua inteligência própria, a fisicalidade dos materiais e dos suportes, as qualidades das linhas e das cores, faziam parte há muito tempo do trabalho de Chiron. A mudança para o digital não aconteceu de maneira brusca. Na década de 1990, ela realizou, paralelamente aos desenhos e pinturas, vídeos, performances e instalações de grande força expressiva, nos quais a cor constituía elemento fundamental. O texto ilumina principalmente o tema mítico da figura da medusa presentes na obra de Chiron. Salienta também que as qualidades plásticas das imagens são desenvolvidas e acentuadas, criando uma potência visual derivada da força estética, nas figuras, nos espaços e no tratamento que lhes é dado. Ao trabalhar com a matéria na pintura, Éliane Chiron acumula camadas de cores e figuras, movimenta e distorce o todo, até quase atingir a abstração. O vermelho e o preto são onipresentes e acabam, às vezes, por engolir os personagens, “matando-os” simbólica e figurativamente.

https://doi.org/10.14393/EdA-v4-n2-2023-73350
PDF (Português (Brasil))

Citas

ARASSE, Daniel. Histoires de Peintures. Paris: Gallimard, 2006

ART IN CONTEXT. Medusa with the head of Perseus – A fresh take on the Perseus statue. 21.10.2021. Disponível em: https://artincontext.org/medusa-with-the-head-of perseus/#The_Artist_Behind_the_Controversial_Medusa_and_Perseus_Sculpture_Luciano_Garbati. 2021

ART IN CONTEXT. Medusa with the head of Perseus and the Feminist Movement. 30. 08. 2021. Disponível em: https://artincontext.org/#Medusa_with_the_Head_of_Perseus_and_the_Feminist_Movement. 2015

BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018

CHIRON, Éliane. A Arte contemporânea sob o risco de Medusa. Organização e tradução de Sandra Rey. Porto Alegre: Editora da UFRGS-PPGAV, coleção Interfaces (no prelo)

CHIRON, Éliane. Íntima mutação da pintura no vídeo digital. Porto Arte n. 31, nov. 2011, p. 41 – 54

CHIRON, Éliane. L’intime du virtuel. La chair et le sang. In : CHIRON, Éliane. L’Énigme du Visible. Paris: Éditions de la Sorbonne, 2013

CHIRON, Éliane. La vidéo numérique ou l’intime révélé de la peinture. Texto enviado por e-mail, de Éliane Chiron à autora, em 15.10. 2021

CHIRON, Éliane. Niki de Saint-Phalle : jardin migrant, chemin mutant. In : CHIRON, Éliane (Org) : Migrations Mutations. Paysages dans l’Art contemporain. Paris: Éditions de la Sorbonne, 2010

CHIRON, Éliane. Spiral Jetty. Le rouge en souffrance. In : Chiron, É. (Org). X, L’Oeuvre en Procès. Croisements des Arts, V. II. Paris : Cerap – Publications de la Sorbonne, 1997

CIXOUS, Hélène. Le Rire de la Méduse et autres ironies. (1975) Paris: Galilée, 2010

ERNST, Max; BRETON, André. La Femme 100 têtes. Paris: Les Éditions du Carrefour, 1929

FREUD, Sigmund. A cabeça da Medusa. In: FREUD, S. Além do princípio de prazer, psicologia de grupo e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1996

FRONTISI-DUCROUX, Françoise. Andromède et la naissance du Corail. In: GEORGOUDI, Stella; VERNANT, Jean-Pierre. Mythes Grecs au figuré. Paris: Gallimard, 1996.

GEUNA, Elena (Curadora); HIRST, Damien. Treasures of the wreck of the Unbeliveable. Veneza: Marsilio Editori, Londres: Other Criteria, 2017.

HARRISON, Jane Ellen. Prolegomena to the Study of Greek Religion. (1903) Princeton, Princeton University Press, 1991.

HESÍODO. Teogonia. A origem dos Deuses. Estudo e tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1991.

HILGERT, Luiza Helena. O Arcaico do Contemporâneo. Medusa e o mito da mulher. Revista lampião, v. 1, n. 1 (2020), p. 41 - 70

HOFFMANN, Werner. (Curador) Zauber der Medusa: Europaische Mannierismen. Hamburgo: Hamburger Kunsthalle, 1987.

HOMERO. Ilíada. Tradução de Christian Werner. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

HOMERO. Odisséia, II. Regresso. Tradução de Donaldo Schuller. Porto Alegre: L&PM Edições, 2014.

JOBIM LOPES, Anchyses. Cabeça de Medusa: de Caravaggio a Freud e Lacan. Sobre Pintura e Psicanálise. Estudos de Psicanálise, Belo Horizonte, n.51, jul. 2019. P.25 - 46

KAROUGLOU, Kiki. (Curadora) Dangerous Beauty. Medusa in Classical art. New York: Metropolitan Museum of Art, 2018.

KRISTEVA, Julia. (Curadora) Visions Capitales. Paris: Réunion des Musées Nationaux, 1998.

MEZAN, Renato. A Medusa e o telescópio ou Verggasse 19. In: NOVAES, Adauto (Org.) O Olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988

OVÍDIO. Metamorfoses. São Paulo: Editora 34, 2021. Tradução, introdução e notas de Domingos Lucas Dias

QUIGNARD, Pascal. Le Sexe et l’effroi. Paris : Gallimard, 1994

SHONIBARE, Yinka. The world has become more difficult to represent. Interview. Disponível em: https://www.randian-online.com/wp-content/uploads/2015/05/ Shonibare_Rage-of-the-Ballet-Gods_2015

VERNANT, Jean-Pierre. A Morte nos olhos. Figuração do Outro na Grécia Antiga: Ártemis e Gorgô. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 1988.

VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mythe et tragédie en Grèce ancienne. Paris: Edições François Maspéro, 1972

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.