Penélope Bloom
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Palabras clave

Penélope, em "Odisseia"
Molly Bloom, em "Ulysses"
literatura e artes visuais
transcriação
livro-objeto

Cómo citar

Mastroberti, P. (2023). Penélope Bloom: o monólogo espartilhado e o livro como objeto poético tridimensional. Revista Estado Da Arte, 4(1), 049–065. https://doi.org/10.14393/EdA-v4-n1-2023-64702
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Resumen

Disponho as ideias disparadoras de duas abordagens transcriativas das personagens Penélope, da obra "Odisseia", de Homero (VIII a. C, aprox.) e Marion/Molly Bloom, da obra "Ulysses", de James Joyce (1920). Elas culminaram num livro ilustrado e na elaboração de um objeto poético tridimensional. Ambos subvertem o livro como espaço-tempo narrativo, ao trabalhar sua forma através do uso de metalinguagem e da sua transformação em corpo significativo. Em Retorno de Ulisses (Rocco, 2007), recrio Penélope como artista plástica e autora ficcional das ilustrações que se entrelaçam ao texto de minha autoria. No objeto "Penélope Bloom" (2020), o conhecido monólogo da esposa de Leopold Bloom surge transcrito à mão a partir do original em inglês, sobre 2600 metros de folhas de papel costuradas entre si. Este volume é comprimido pela capa de uma edição brasileira da obra joyceana, sugerindo um espartilho. Meu principal objetivo foi questionar o lugar da mulher em ambas as narrativas consagradas como parte do cânone literário e o livro como símbolo cultural de uma civilização patriarcal.

https://doi.org/10.14393/EdA-v4-n1-2023-64702
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