ANÁLISE DE VULNERABILIDADE NATURAL À EROSÃO COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL DO OESTE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CAMAQUÃ - RS

Conteúdo do artigo principal

Manoela Sacchis Lopes
Dejanira Luderitz Saldanha

Resumo

A eï¬ ciência da gestão ambiental de um território depende em grande parte de levantamentos e estudos sistemáticos prévios sobre os principais elementos e condicionantes do meio físico. Para realizar esses estudos, neste trabalho utilizou-se o método da análise da vulnerabilidade natural à erosão, elaborada com base na metodologia proposta por Crepani et al . (1996;2001). O presente trabalho visou estabelecer a vulnerabilidade ambiental das unidades territoriais básicas considerando a relação entre os processos de morfogênese e pedogênese, a partir da análise integrada da rocha, do solo, do relevo, da vegetação e do uso e cobertura da terra. A partir de toda essa peculiaridade a análise da vulnerabilidade natural à erosão da porção oeste da bacia hidrográï¬ca do rio Camaquã trouxe como resultados que a área de estudo não é considerada Estável em relação às suas características do meio físico e influência da atividade antrópica. As UTBs mais estáveis (Moderadamente Estável e Medianamente Estável) estão localizadas em áreas com menos predisposição à erosão, apresentando equilíbrio entre a pedogênese e morfogênese. As áreas medianamente estáveis/vulneráveis correspondem à 82% da área total e são consideradas de transição para a vulnerabilidade e 56% da totalidade da área de estudo já são consideradas medianamente vulneráveis. Essas áreas são as mais signiï¬cativas na área de estudo e ocorrem em toda a região, principalmente nas limitações dos solos podzólico vermelho distróï¬co, unidade geomorfológica Planalto Residuais, altitudes maiores que 200 metros e classes de uso e cobertura da terra como reflorestamento e agricultura. As áreas moderadamente vulneráveis predominaram na porção central, noroeste e sudoeste, ao total somam 12% do território estudado. Essas áreas ocorrem, principalmente, onde incidem as formações geológicas Rosário do Sul e Depósitos Aluvionares, associadas às outras variáveis com média/alta vulnerabilidade, como solos litólicos eutróï¬cos e podzólico vermelho distróï¬co, unidade geomorfológica Planalto Rebaixado Marginal, altitudes maiores que 200 metros e classes de uso e cobertura da terra como solo exposto, reflorestamento e agricultura. Assim, o mapeamento da vulnerabilidade natural à erosão pode auxiliar nas futuras gestões territoriais, possibilitando um maior ordenamento juntamente ao planejamento ambiental adequado.

Downloads

Métricas

Visualizações em PDF
895
Jul 2017Jan 2018Jul 2018Jan 2019Jul 2019Jan 2020Jul 2020Jan 2021Jul 2021Jan 2022Jul 2022Jan 2023Jul 2023Jan 2024Jul 2024Jan 2025Jul 2025Jan 202643
|

Detalhes do artigo

Como Citar
LOPES, M. S.; SALDANHA, D. L. ANÁLISE DE VULNERABILIDADE NATURAL À EROSÃO COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL DO OESTE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CAMAQUÃ - RS. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 68, n. 9, 2017. DOI: 10.14393/rbcv68n9-44437. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44437. Acesso em: 19 fev. 2025.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Manoela Sacchis Lopes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Programa de Pós Graduação em Sensoriamento Remoto Área: Sensoriamento Remoto

Dejanira Luderitz Saldanha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Geociências
Crossref
0
Scopus
0