Extensão universitária na educação de jovens e adultos no contexto prisional
uma proposta educativa dialógica
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v17n32018-art09Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos em Prisões, Diálogo, Extensão UniversitáriaResumo
O presente texto tem como objetivo apresentar algumas reflexões acerca das perspectivas metodológicas do "Projeto de Extensão Universitária Educação de Jovens e Adultos (EJA) no contexto prisional". Trata-se de um projeto vinculado à Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que abrangeu cerca de 80 (oitenta) educadores que atuam nas unidades prisionais do estado. É uma proposta educativa pautada na horizontalidade das decisões e no diálogo como princípio fundante para a organização, sistematização e (re)orientação da condução do processo de construção do conhecimento dos sujeitos envolvidos. Optou-se por problematizar e apresentar essa experiência a partir de autores que discutem educação popular (FREIRE, 1981, 1997, 2011a, 2011b), EJA em prisões (IRELAND, 2011; MAEYER, 2011; MUÑOZ, 2011) e extensão universitária (FREIRE, 1983; MELO NETO, 2012). O percurso metodológico baseia-se numa abordagem qualitativa, com estudo de caso de cunho descritivo. Adotaram-se como procedimentos metodológicos a observação participante e a análise documental (relatório dos encontros), e têm-se como sujeitos da pesquisa, professores e agentes penitenciários da educação de jovens e adultos participantes do mencionado projeto, assim como os professores/pesquisadores. Nessa ação extensionista, consideraram-se os interesses, as necessidades educacionais e humanas dos atores que fazem o cotidiano na prisão.
Downloads
Referências
AGUIAR, A. Educação de jovens e adultos privados de liberdade: perspectivas e desafios. Paidéa, Belo Horizonte, Ano 6, n. 7, p. 101-121, 2009. Disponível em: <http://www.fumec.br/revistas/paideia/article/view/953>. Acesso em: 16 mar. 2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.
______. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen. 2016. Disponível em: <http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorio_2016_22-11.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2018.
DINIZ, A. V. S. A Aprendizagem ao longo da vida e os currículos biográficos de aprendizagem de sujeitos jovens e adultos. In: DINIZ, A. V. S.; SCOCUGLIA, A. C.; PRESTES, E. T. (Org.). A aprendizagem ao longo da vida e a educação de jovens e adultos: possibilidades e contribuições ao debate. João Pessoa: Editora da UFPB, 2010. p. 247-267.
ESTEBAN, M. T. Breves notas sobre um pensamento fecundo. In: FREITAS, A. L. S.; MORAES, S. C. (Org.). Contra o desperdício da experiência: a pedagogia do conflito revisitada. Porto Alegre: Redes Editora, 2009. p. 123-142.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 39. ed. São Paulo: Cortez, 2000. 102 p.
______. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. 245 p.
______. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2006. 158 p.
______. Educação e política. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1997. 144 p.
______. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. São Paulo/Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2011a. 245 p.
______. Pedagogia do oprimido. 50. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011b. 253 p.
GONÇALVES, E. et al. Educação como direito humano. In: YAMAMOTO, A. et al. (Org.). Educação em prisões. Associação Alfabetização Solidária. São Paulo: AlfaSol: Cereja, 2010. (Cereja Discute, v. 1).
IRELAND, T. D. Educação em prisões no Brasil: direito, contradições e desafios. Em aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 19-39, nov. 2011. Doi: http://dx.doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.24i86.%25p.
MAEYER, M. de. Ter tempo não basta para que alguém se decida a aprender. Em aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 43-55, nov. 2011.
MELO NETO, J. F. de. Universidade Popular. João Pessoa,PB: Editora da UFPB, 2012. 122 p.
MUÑOZ, V. O direito à educação das pessoas privadas de liberdade. Em aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 57-74, nov. 2011.
ONOFRE, E. M. C., JULIÃO, E. F. A educação na prisão como política pública: entre desafios e tarefas. Revista Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 38, n. 1, p. 51-69, jan./mar. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/edreal/v38n1/05.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2015.
PALUDO, C. Educação popular: dialogando com redes latino-americanas (2000-2003). In: PONTUAL, P.; IRELAND, T. D. (Org.). Educação popular na América Latina: diálogos e perspectivas. Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2006. P. 41-65.
PONTUAL, P. Educação popular e democratização das estruturas políticas e espaços públicos. In: PONTUAL, P.; IRELAND, T. D. (Org.). Educação popular na América Latina: diálogos e perspectivas. Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2006. p. 91-102.
SANTOS, B. de S. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo, 2007. 126 p.
______. Para uma pedagogia do conflito. In: FREITAS, A. L. S.; MORAES, S. C. (Org.). Contra o desperdício da experiência: a pedagogia do conflito revisitada. Porto Alegre: Redes Editora, 2009. p. 15-40.
SCOCUGLIA, A. C. A história das ideias de Paulo Freire e a atual crise de paradigmas. 6. ed. João Pessoa: Editora da UFPB, 2015. 161 p.
______. A teoria só tem utilidade se melhorar a prática educativa: as propostas de Paulo Freire. Petrópolis, RJ: De Petrus et Alii; Rio de Janeiro: FAPERJ, 2013. 208 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 MARIA LIGIA ISIDIO ALVES, JUCILENE NASCIMENTO DIAS, SEVERINO BEZERRA DA SILVA
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.