A contribuição da fisioterapia na formação do professor de ensino regular na educação inclusiva

Autores

  • Fabiola Hermes Chesani Universidade do Vale do Itajaí
  • Danielle Sabino Cordeiro Universidade do Vale do Itajaí
  • Kharen Miyuki Barboza Universidade do Vale do Itajaí
  • Edilaine Kerkoski Universidade do Vale do Itajaí

DOI:

https://doi.org/10.14393/rep-v14n12015-art07

Palavras-chave:

Fisioterapia. Educação Inclusiva. Educação em Saúde.

Resumo

Na educação inclusiva, a grande barreira é a falta de formação continuada dos educadores inclusivos. O objetivo da pesquisa é problematizar sobre o processo de inclusão escolar, considerando as vivências de professores no ensino regular com os alunos com deficiência psicomotora. A pesquisa foi qualitativa e seguiu o método Itinerário de Pesquisa de Paulo Freire. Participou do estudo um grupo de professores que atua em uma escola municipal de Barra Velha-SC. Foram realizados cinco Círculos de Cultura com aproximadamente duas horas de duração e sete participantes em cada. A investigação temática revelou os temas: os direitos dos professores com relação a cursos de especialização sobre inclusão; aprimorando conhecimentos sobre os tipos de deficiências dos alunos; orientações fisioterapêuticas para os professores quanto às técnicas, os movimentos, à coordenação motora de uma criança, os músculos, o equilíbrio, à correção da postural e à ergonômica e atuação do fisioterapeuta nas escolas, colaborando com os professores nas dificuldades encontradas. O conhecimento mediado pelo fisioterapeuta se configurou como uma forma efetiva de contribuição às educadoras no processo de inclusão escolar, principalmente com o método freireano, de Paulo Freire, pois possibilitou nas educadoras a reflexão sobre as vivências da realidade do processo de inclusão escolar e a troca de experiências e saberes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

LPINO, A. M. S. Consultoria colaborativa escolar do fisioterapeuta: acessibilidade e participação do aluno com paralisia cerebral em questão. 2008. 260f. Tese (Doutorado em Educação Especial)

AMARAL, M. S. O. de Processo de inclusão em escola regular: estudo de caso em uma escola do município de Itaúna-MG. 2002. 99f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)

BARBA, P. C. S. D. et al. De que inclusão estamos falando? A percepção de educadores sobre o processo de inclusão escolar em seu local de trabalho. 2004. Disponível em: <http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/dequeinclusao.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

BARRA VELHA. Prefeitura de Barra Velha. Secretaria de Educação de Barra Velha. Educação, Cultura e Desporto. 2012. Disponível em: <https://barravelha.atende.net/#!/tipo/pagina/valor/23>. Acesso em: 20 fev. 2015.

BRICE-LEON. Sete tesis sobre la educación sanitaria para la participación comunitaria. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 1, p. 7-17, jan./mar. 1996.

CAMPOS, D., SANTOS, D. C. C. Controle postural e motricidade apendicular nos primeiros anos de vida. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 18, n. 3, jul./set. 2005.

CASTRO, A. M. A prática pedagógica dos professores de ciências e a inclusão do aluno com deficiência visual na escola pública. 2002. Dissertação (Mestrado em Educação)

CHESANI, F. H.; SAUPE, R. Problematização e reflexão de educadoras sobre as vivências da realidade do processo de inclusão escolar. Rev. Enferm., v. 5, n. 7, p.1581-589, set. 2011.

DAMI

DIAS, T. et al. Integração escolar: a criança com deficiência em escola municipal de educação infantil de Ribeirão Preto. Integração, v. 10, n. 20, p. 11-17, 1998.

FALSARELLA, A. M. Formação contínua e prática de sala de aula: os efeitos da formação continuada na atuação do professor. Campinas: Autores Associados, 2004.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 13. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983.

GARCIA, R. M. C. A educação de indivíduos que apresentam sequelas motoras: uma questão histórica. Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 46, p.81-82, set. 1998.

GADOTTI, M. Convite à leitura de Paulo Freire: 2. ed. São Paulo: Spicione, 1991.

HOEFELMAN C. D. R. Grupos de estudo como modalidade de formação continuada para uma educação inclusiva. 2003. 90f. Dissertação (Mestrado em Educação)

JUSEVICIUS, V. C. Inclusão escolar e alunos com necessidades educativas especiais: fala de professores. 2002. Dissertação (Mestrado em Psicologia), Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2002.

MACIEL, M. R. C. Portadores de deficiência: a questão da inclusão social. São Paulo Perspec, São Paulo, v.14, n. 2, abr./jun. 2000.

MANTOAM, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MELO, F. R. L. V. O processo de inclusão do aluno com paralisia cerebral na escola regular: a visão da comunidade e a organização escolar. 2002. 190f. Dissertação (Mestrado)

MELO, F. R. L. V.; FERREIRA, C. C. A. O cuidar do aluno com deficiência física na educação infantil sob a ótica das professoras. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v.15, n.1, p.121-140, jan./abr. 2009.

MELO, F. R. L.V. de; PEREIRA, A. P. M. Inclusão escolar do aluno com deficiência física: visão dos professores acerca da colaboração do fisioterapeuta. Revista Brasileira de Educação Especial., Marília, v. 19, n. 1, p. 93-106, 2013.

MCEWAN, I. R; SHELDEN, M. L. Pediatric therapy in the 1990s: the demise of the educacional versus medical dichotomy. Physical & Occupational Therapy in Pediatrics, Philadelphia, v. 15, n. 2, p. 33-45, 1995.

N

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PERRIN, J. M. Doenças crônicas na infância. In: BEHRMAN, R. E.; KLIEGMAN, R. M.; JENSON, H. B. Tratado de pediatria. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

PNE. Observatório. 2013. Disponível em: <http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/15-formacao-professores/indicadores>. Acesso em: 22 fev. 2015.

PENA, F. F.; ROSOL

PIMENTA, S. G. Saberes pedagógicos e atividades docentes. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

REGINATO, L. G. Inclusão escolar do deficiente físico: a visão dos profissionais de escolas municipais e de fisioterapeutas atuantes na área de neuropediatria do município de Cascavel. 2005. 81f. Monografia (Graduação em Educação)

ROPOLI, E. A. et al. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva. Brasília, DF: MEC; Fortaleza: Editora da UFC, 2010.

SÁNCHEZ, P. A. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, v. 1, n. 1, p. 7-18, 2005.

SANT

SARAIVA, L. L. O.; MELO, F. R. L. V. Avaliação e participação do fisioterapeuta na prescrição do mobiliário escolar utilizado por alunos com paralisia cerebral em escolas estaduais públicas da rede regular de ensino. Saberes pedagógicos e atividades docentes, Marília, v. 17, n. 2, p. 245-262, maio/ago. 2011.

SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação política. 36. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 5. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2000.

SILVA, S. M.; SANTOS, R. R. C. N.; RIBAS, C. G. Inclusão de alunos com paralisia cerebral no ensino fundamental: contribuições da fisioterapia. Saberes pedagógicos e atividades docentes, Marília, v. 17, n. 2, p. 263-286, maio/ago. 2011.

SCHUTZ, M. R. R. S. Avaliação escolar como instrumento de mediação de aprendizagem na educação inclusiva: desafios no cotidiano escolar. 2006. 132f. Dissertação (Mestrado em Educação)

TARDIF, M. Saberes docentes e formação docente. Petrópolis: Vozes, 2002.

Downloads

Publicado

29-07-2015

Como Citar

HERMES CHESANI, F.; SABINO CORDEIRO, D.; MIYUKI BARBOZA, K.; KERKOSKI, E. A contribuição da fisioterapia na formação do professor de ensino regular na educação inclusiva. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 14, n. 1, p. 85–96, 2015. DOI: 10.14393/rep-v14n12015-art07. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/29261. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)