BIOTECNOLOGIAS DA CENA
generética do corpoluz e filosofia estética das encruzitravas
DOI:
https://doi.org/10.14393/issn2358-3703.v11n1a2024-38Resumo
Quais os limites do corpo e da tecnologia? Para que a cena teatral torne-se uma interface entre os aparatos orgânicos e maquínicos, ela precisa atender a quais pressupostos? De que modo as experiências atitudinais de gênero se organizam em valores estéticos e éticos da teatralidade? Este ensaio visa analisar alguns elementos provenientes das obras do teatrólogo brasileiro Augusto Boal e do filósofo espanhol Paul Preciado a fim de compreender o estatuto das biotecnologias da cena teatral atual. Considerando as corporalidades maquínicas e as tecnologias de gênero como imbricamentos que convocam a pensar os estremecimentos da ontologia diante dos discursos do “fim do corpo” e do “fim do gênero”, este estudo toma a composição corpoluz como um sintagma da inseparabilidade do circuito orgânico-maquínico. Para além do campo da iluminação cênica ou de outros dispositivos tecnológicos do fazer teatral, este texto aborda também alguns conjuntos conceituais que solicitam novas reflexões. Neste sentido, o pensamento sensível elaborado por Boal (2009), por exemplo, hoje poderia tensionar-se com as biotecnologias do pornopoder e com as estéticas dos tecnoecossistemas, como nos incita Preciado (2018). As decisões éticas de gênero da contemporaneidade, aqui cunhadas de generética, promovem inflexões transfeministas que se organizam não em encruzilhadas, mas em encruzitravas.
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