CORPO-VOZ: o escuro como experiência para uma imersão em voz
DOI:
https://doi.org/10.14393/RR-v6n2a2019-12Resumo
A voz carrega a trajetória do sujeito (como da personagem) que fala, sua maneira única de pertencer ao mundo. O atual panorama teatral brasileiro sofre constantes mudanças e influências e exige do ator uma adequação em seu treinamento corpóreo-vocal. Mas qual seria, então, esse treinamento? O presente artigo traz excertos de experiências realizadas com estudantes de Artes Cênicas da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (FADM), em Brasília-DF. Realizou-se um treinamento vocal com os estudantes vendados, com o intuito de desenvolver um conjunto de procedimentos práticos a partir dos demais sentidos. Durante os experimentos, constataram-se frágeis a compreensão e a assimilação da união corpo-voz durante o fazer teatral. No entanto, com o desenvolvimento e a apropriação da rotina de ensaios, o grupo superou sua insegurança com a escuridão e passou a criar de maneira espontânea e autônoma, evidenciando que a experiência e o saber provindo do corpo proporcionam autoconhecimento, que por sua vez potencializa o fazer teatral e a voz em cena.
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