O GÊNERO ORAL BENZEÇÃO
ANÁLISE E CARACTERIZAÇÃO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.14393/OT2017v19.n.2.315-346Keywords:
Oral genre, Blessing, Analysis and characterizationAbstract
This research aims at analyses and characterizes the genre “blessing” in the present day, which consists of a discursive practice of holy men as a historically specific element of a millenarian social practice, of someone speaking on behalf of a religion, with the intention of healing based on the Christian faith. The corpus was constituted of fifteen blessings collected in the city of Patrocínio-MG. The theoretical assumptions of the analysis are the Textual Linguistics and the criteria adopted for the characterization of this genre are anchored in Travaglia's theory (2007), which points out five parameters of analysis: the thematic content, the compositional structure, sociocommunicative objectives and functions, the characteristics of the linguistic surface and the conditions of production of the genre. Our hypothesis is that there are divergent points in the blessings for the same problem. The results of the analyzes indicate that although there are divergent points among the holy men in the accomplishment of the genre, this does not prevent that it takes place. Although the differences of style at the moment of the accomplishment of the genre, due to the level of schooling and the movement of the holy men in the field of sociocultural experiences, of religious beliefs, and of the variation of styles at the moment of the realization of the genre, the way the blessings is done is the same.
Downloads
References
AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Trad. Prof. Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto alegre: Artes Médicas. 1962/1990.
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p.261-306.
BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. São Paulo/ Brasília:Editora UnB/Hucitec, 1996.
DIAS, E.; LIMA, M. C. de. Caracterizando o gênero oral Ministração Da Palavra.In: Revista Olhares e Trilhas, V.19, nº 2, 2017. p.3346-3374.
DUBBY, G. Ano 1000 ano 2000. Na pista de nossos medos. São Paulo: Ed. UNESP, 1998.
FÉLIX, R. L. O gênero exposição oral: descrição e análise de sua aplicação no contexto do ensino médio. [Dissertação de mestrado]. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, 2009.
GÊNESIS. Português. In: Biblia Sagrada. Trad. Padre Antonio Pereira de Figueiredo. Rio de Janeiro? Encyclopedia Britânnica, 1980, p. 389-412.
GOMES, N. P. de M.; PEREIRA, E. de A. Assim se benze em Minas Gerais. Juiz de Fora: EDUF/Mazza Edições, 1989.
GOULART, C. As práticas orais na escola: o seminário como objeto de ensino. [Dissertação de mestrado]. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2005.
KOCH, P.; OESTERREICHER, W. Linguagem da imediatez – linguagem da distância: oralidade e escrituralidade entre a teoria da linguagem e a história da língua. Versão para o português: Hudinilson Urbano e Raoni Caldas. Linha d’Água, n. 26 (1), p. 153-174, 2013.
MOURA, E. C. D. de. Eu te benzo, eu te livro, eu te curo: nas teias do ritual de benzeção. In: Mneme – Revista de Humanidades, 11(29(, 2011, Jan-jul, p. 340-368.
OLIVEIRA, E. R. O que é benzeção. São Paulo: Brasiliense, 1983.
TRAVAGLIA, L. C. Tipelementos e a construção de uma teoria tipológica geral de textos In: Língua Portuguesa pesquisa e ensino – Vol. 2. 1ª ed. São Paulo : EDUC / FAPESP, 2007, v.II, p. 97-117. Disponível em http://www.ileel.ufu.br/travaglia/pub_area_linguistica_textual_tipos_generos_textuais.php?TB_iframe=true&height=550&width=800. Acesso em: jan.2015.
ZUMTHOR, P. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Educ, 2000.