O PDE e a Formação Continuada de Professores no Estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.14393/DP-v5n2-2018-51361Palavras-chave:
Políticas, Formação Continuada, Educação a DistânciaResumo
Este trabalho teve como objeto as políticas de formação continuada a distância de professores no Estado do Paraná, após a aprovação da LDBEN nº 9.394/96 até 2011. O objetivo geral foi analisar, a partir do referencial teórico marxista, as políticas de formação continuada a distância de professores no Estado do Paraná, procurando evidenciar seus fundamentos. Assim, a partir das categorias de análise propostas (ontologia, gnosiologia/epistemologia e as dimensões ético-política e pedagógica), a questão principal que norteou a realização desta pesquisa foi: que princípios, ontológicos, epistemológicos, ético-políticos e pedagógico fundamentam as políticas de formação continuada a distância de professores no Estado do Paraná? Para tanto, foram analisados o documento Educação a Distância da SEED/PR (2010) e o Documento Síntese do Programa de Desenvolvimento Educacional, PDE (2007), realizadas entrevistas com professores participantes desse programa, com um representante do Sindicato dos professores (APP) e um professor que trabalhou na SEED/PR com Grupos de Trabalho em Rede no período de 2007 a 2010. Os resultados apontam a relevância das políticas estudadas e que há contradições entre o que propõem os documentos analisados e o que dizem os professores entrevistados. Constatamos que as políticas de formação continuada de professores no Paraná estão inseridas em um contexto muito complexo, marcado por contradições e luta de classes nas quais as iniciativas para a expansão da formação continuada a distância de professores extrapolam o âmbito estadual e federal, estando orientadas por políticas propostas por organismos mundiais. Na realidade brasileira essas recomendações para o setor educacional mostram-se sendo rigorosamente cumpridas, pois temos políticas que promovem; formação de maior número professores em menor tempo, ampliação da formação com uma redução enorme de custos e a transferência aos professores do ônus da sua formação. Ressaltamos a necessidade da pesquisa, da formação crítica dos professores, do combate a ideologias que provocam a precarização e a desqualificação do trabalho docente. Ao mesmo tempo os resultados dessa pesquisa apontam na direção do trabalho ela garantia de direitos conquistados e pela criação de novas políticas que realmente tragam benefícios aos professores e melhoria real na qualidade da educação pública.
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