O associativismo agrícola como estratégia para o desenvolvimento comunitário
uma análise da Associação dos camponeses 16 de junho de Mpaco, Nacala-Porto, Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT153706Resumo
Em Moçambique, após a independência nacional em 1975, o Estado experimentou a política de socialização do campo, na qual grandes Companhias de produção agrícolas foram entregues à gestão do Estado; como estratégia para o desmantelamento da estrutura colonial de produção, até então vigente. O objetivoé analisar o papel das associações agrícolas, enquanto vetores do processo do desenvolvimento comunitário. Na verdade, fora às conotações político-ideológicas, que marcaram a origem do desenvolvimento comunitário, ele representa um espaço privilegiado no qual cada povo participa no planejamento e na realização de projetos que visam elevar o padrão de suas vidas (AMMANN, 1981). Com base nos aportes teóricos da pesquisa qualitativa, nomeadamente: o reconhecimento da singularidade do sujeito e a relevância da experiência social do sujeito (MARTILLI, 1999), bem como a revisão bibliográfica baseado em livros, artigos científico, teses e dissertações, além de documentos oficiais que regulam o associativismo no país. Adicionalmente, no período entre fevereiro e maio de 2019, foi realizada a pesquisa de campo na Comunidade de Mpaco na qual foi aplicada a entrevista para 20 camponeses da Associação 16 de junho. De fato, por um lado, a adesão à Associação tem um propósito comum, isto é, a busca por melhores condições de vida e, por outro lado, a Associação enquanto uma coletividadeoferece benefícios aos seus associados dos quais: a solidariedade, o companheirismo, a amizade, bem como a partilha de conhecimentos e técnicas de produção.