Quando viver é campesinar, o campo é de possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT112208Resumo
Este artigo aporta elementos e reflexões em torno da questão agrícola-agrária e da possibilidade camponesa no Brasil. O recente retorno do uso do conceito campesinato pelos movimentos sociais e pela academia revela, ao mesmo tempo, seu vigor teórico-político e a complexidade de seu uso frente à heterogeneidade sociocultural, política, ecológica e econômica no campo brasileiro. Por isso, no que tange aos campesinatos, edificações teóricas mais "abertas", balizadas por uma perspectiva multiescalar e em conexão com as experiências vivenciadas pelos sujeitos sociais, possibilitam aproximações mais coerentes com as realidades. Vista mais de perto e de maneira multidimensional, a "terra é mais que terra" e os modos de resistências se confundem com os mundos de existência. Buscar conexões entre autores/as de diversos campos do saber, rompendo com rígidos limites disciplinares, apresenta-se como um desafio para os estudos rurais contemporâneos. Este texto é um exercício neste sentido.