A Política Agrícola Comum Europeia e apropriação de terras
uma realidade a partir do monopólio português no Polo Juazeiro/Petrolina
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT112304Resumo
A interferência da Europa na política agrícola do Brasil e, em especial no Nordeste do país, data do período da colonização/dominação oficializada, momento em que toda a riqueza natural tinha por objetivo abastecer o mercado europeu. Desse contexto histórico, a suposta condição de país "livre" da superioridade da metrópole, foram diversas as estratégias encontradas pelos países europeus para continuar controlando a produção e os produtores do Brasil e outras antigas colônias, ao ponto de impor no campo, em especial, a necessidade capitalista do valor de troca sobre as necessidades genuínas da humanidade, por meio do cativeiro da terra. Por meio da expansão capitalista no campo via a modernização da agricultura e a liberação do comércio, centrado no discurso de diminuir as desigualdades de concorrência entre os países do Norte e do Sul os grandes produtores dos países desenvolvidos e dos países subdesenvolvidos foram favorecidos pela capacidade de ambos de aumentar a produção em quantidade e qualidade, de acordo com a política alimentar adotada pela OMC. Assim, o presente artigo objetiva entender a monopolização da Política Agrícola Comum (PAC) nas terras no Polo Juazeiro/Petrolina por Portugal no momento de intensa liberação do mercado agrícola.