ECOMUN para reterritorialização dos ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC - EP
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT206079958Palavras-chave:
campesinato, economia solidária, questão agrária, resistência, territórioResumo
Este artigo tem como objetivo avaliar a importância da organização coletiva Economias Sociais do Comum (ECOMUN) para o processo de reterritorialização dos ex-combatentes das FARC-EP na Colômbia. A ECOMUN, originada do acordo de paz firmado em 2016 entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) e governo do Presidente Manuel Santos, tem como um dos seus objetivos promover a reterritorialização dos ex-combatentes por meio de suas cooperativas e associações. Há um esforço coletivo para resgatar e fortalecer o tecido social nos territórios, desenvolver atividades produtivas e impulsionar a economia, beneficiando não apenas os ex-combatentes, mas também as comunidades mais impactadas pelo conflito armado. Baseada nos princípios da Economia Solidária como: autogestão, respeito a natureza, cooperação, solidariedade, comércio justo, outros, a ECOMUN tem desenvolvido atividades nos setores agrícolas e de serviços. A atuação desta organização é um desafio diante do não cumprimento de pontos essenciais do Acordo de Paz, dentre eles, o acesso à terra, a água, o apoio técnico e principalmente a segurança, questões que limitam o fortalecimento econômico e social das cooperativas. Reconhecemos a atuação da ECOMUN enquanto esforço coletivo para a manutenção e reprodução das famílias no campo colombiano. No entanto, a violência e a concentração da terra e dos seus bens comuns (água, ar, subsolo) voltados para o agronegócio e para especulação estrangeira ainda é uma realidade presente na Colômbia. Por isso os/as ex-combatentes continuam lutando e resistindo com os pés nos territórios.
Downloads
Referências
ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Who we help: internally displaced people: On the run in their own land. 2013. Disponível em: https://www.unhcr.org/where-we-work/countries/colombia Acesso em: 9 set. 2020.
ACNUR. Global Trends Forced Displacement. 2017. Disponível em: https://www.unhcr.org/media/unhcr-global-trends-2017 Acesso em: 17 jul. 2019.
ARN - Agencia de Reincorporación y la Normalización. Espacios Territoriales de Capacitación y Reincorporación (ETCR). Bogotá. Disponível em: https://www.reincorporacion.gov.co/es/reincorporacion/Documents/ETCR-simple-Pagina-WEB-06022019.pdf Acesso em: 5 ago. 2019.
BARTRA, Armando. Campesindios. Aproximaciones a los campesinos de un continente colonizado. Bolivia, CIDES-Universidad Mayor de San Andrés, 2010.
CATATUMBO, Pablo. De la resistencia campesina 60 años del bombardeo a Marquetalia - Partido Comunes. Disponível em: https://partidocomunes.com.co/de-la-resistencia-campesina-60-anos-del-bombardeo-a-marquetalia/ . Acesso em: 25 jul. 2024.
COLÔMBIA. Acuerdo Final para la Terminación del Conflicto y la Construcción de Una Paz Estable y Duradera. Bogotá, 24 nov. 2016. Disponível em: https://www.cancilleria.gov.co/sites/default/files/Fotos2016/12.11_1.2016nuevoacuerdofinal.pdf Acesso em: 11 jan. 2019.
COMISIÓN HISTÓRICA DEL CONFLICTO Y SUS VÍCTIMAS. Contribución al entendimiento del conflicto armado en Colombia. Colômbia: Centro Nacional de Memória Histórica, 2015.
DANE - Departamento Administrativo Nacional de Estadística. Uso, cobertura y tenencia del suelo: 3er censo nacional agropecuario 2014. Disponível em: https://www.dane.gov.co/files/CensoAgropecuario/entrega-definitiva/Boletin-1-Uso-del-suelo/1-Boletin.pdf Acesso em: 15 jun. 2018.
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI. São Paulo, Boitempo, 2017.
ECOMUN. Economías Sociales del Común – ECOMUN. Disponível em: https://ecomun.com.co/ Acesso em: 25 ago. 2018.
FAJARDO, Darío. Estudio sobre los orígenes del conflicto social armado, razones para su persistencia y sus efectos más profundos en la sociedad colombiana. In: COMISIÓN HISTÓRICA DEL CONFLICTO Y SUS VÍCTIMAS. Contribución al entendimiento del conflicto armado en Colombia. Colômbia: Centro Nacional de Memória Histórica, 2015.
FAJARDO, Darío; SALGADO, Henry. El Acuerdo Agrario. Bogotá: Ediciones Aurora, 2017.
FAJARDO, M. D. Territorios de la agricultura colombiana. Bogotá: Universidad Externado de Colombia, 2009.
FALS BORDA, Orlando. Historia de la cuestión agraria en Colombia. Bogotá: Carlos Valencia, 1981.
GUATTARI, Félix; RONILK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 10. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do "fim dos territórios" à multiterritorialidade. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
INDEPAZ - Instituto de Estudios para el Desarrollo y la Paz. Observatorio de Derechos Humanos y conflictividades. Disponivel em: https://indepaz.org.co/observatorio-de-derechos-humanos-y-conflictividades/ Acesso em: 7 abr. 2024.
MEDINA, Patricia (coord.). Educación intercultural en América Latina. Memorias, horizontes históricos y disyuntivas políticas, upn/Plaza y Valdés/Conacyt, México, 2008.
MOLANO, Alfredo Bravo. Trochas y fusiles. Bogotá: El Áncora, 1994.
OLIVEIRA, M. R. C. Embrapa e a pesquisa técnico-científica no perímetro irrigado Jaguaribe-Apodi/CE. 123 f. 2012. Dissertação (mestrado em Geografia) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
OSPINA, Hernando Calvo. O Terrorismo de Estado na Colômbia. Florianópolis: Editora Insular, 2010.
OXFAM. Radiografía de la desigualdad. Lo que nos dice el último Censo Agropecuario sobre la distribución de la tierra en Colombia. 2017. Nairobi: OXFAM Internacional. Disponível em: https://www.oxfam.org/es/informes/radiografia-de-la-desigualdad Acesso em: 10 jul. 2019.
RAZETO, L. Economia de solidariedade e organização popular. In: GADOTTI, M; GUTIERREZ F. (org.). Educação comunitária e economia popular. São Paulo: Cortez, 1999.
ROJAS, H.; CAMACHO, Á. Ideología y realidad del Frente Nacional. Punta de lanza. Colombia, 1974.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Maria Rosana da Costa Oliveira, Claudio Ubiratan Gonçalves

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.






















