A paralisação da reforma agrária em Mato Grosso do Sul
o MST como referência da luta pela terra e território (1984-2019).
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT164209Resumen
O último assentamento criado em Mato Grosso do Sul foi em 2013. Desde 1984 foram criados 204 territórios da reforma agrária nesse estado. Isso foi possível com a organização de movimentos socioterritoriais que fizeram lutas e depois de inumeráveis conflitos agrários conquistaram sua terra de trabalho e de vida. Dentre esses movimentos o MST é um dos grandes protagonistas, com mais de 100 ocupações de terra, possuindo vínculo direto com a conquista de 55 territórios da reforma agrária em Mato Grosso do Sul. Estado com uma estrutura fundiária extremamente desigual e um grande histórico de violência no campo, esses territórios representam os resultados das trajetórias desses movimentos e a ocupação como ferramenta de desenvolvimento territorial. Temos como objetivo compreender a importância do MST-MS para a reforma agrária popular em Mato Grosso do Sul. Por meio de revisão da literatura, análise de dados da Rede DATALUTA, da CPT, do INCRA, do IBGE, de informações e dados do MST. Observando-se que cada ocupação de terra realizada por esse movimento socioterritorial foi parte do processo de conquista de território da reforma agrária, as ocupações de terra estão intrinsecamente relacionadas com a criação dos assentamentos rurais, como pode ser visto nesta pesquisa.