Caracterizações socioeconômica e espacial do trabalho infantil nas regiões rurais e urbanas do estado de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT143203Resumen
Há um consenso na literatura que o trabalho infantil se trata de um fenômeno complexo e de difícil interpretação devido aos seus múltiplos fatores determinantes. Apesar do decréscimo do trabalho infantil nas últimas décadas, em 2010, segundo dados do Censo demográfico, 12,8% da população, entre 10 e 17 anos, estavam inseridos no mercado de trabalho no estado de Minas Gerais, o que representa o total de 345 mil crianças e adolescentes. Para analisar as características socioeconômicas do trabalho infantil será utilizada a classificação sociológica, tendo em vista que ela vai além dos fatores puramente econômicos, incorporando questões culturais e sociais. Para obtermos uma divisão do território mais próxima da realidade, diferente da delimitação oficial, utilizou-se três critérios combinados para a definição dos espaços rural e urbano: delimitação administrativa, contingente populacional e densidade demográfica. Tendo em vista a dimensão territorial e a heterogeneidade social e cultural do estado, utilizou-se o método da Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), por meio da estatística I de Moran e da análise de identificação de clusters, para identificar o relacionamento e a distribuição do trabalho infantil entre os municípios do estado.