A luta pela terra e a (falsa) autonomia camponesa nos assentamentos rurais: a teoria da territorialização dos movimentos sociais revisitada
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT91826882Keywords:
Territorialização dos movimentos sociais, Luta pela terra, Luta na terraAbstract
O presente artigo faz uma reflexão sobre o processo de luta pela terra no Brasil, reinterpretando o conceito de territorialização dos movimentos sociais do campo, defendido por Fernandes (1996). Em nossa compreensão, a luta pela terra e a conquista de um assentamento por um movimento social é uma dimensão da luta pela terra, mas não é a territorialização. Muitas vezes, findado o processo de lutas, os camponeses se acomodam e o movimento social desaparece. Se não existe o agente territorializador, não existe territorialização. E esta, só é conseguida quando, passado a fase de luta pela terra e iniciado a fase de luta na terra, que é a luta cotidiana dos camponeses trabalhando para produzir, o movimento social continua atuante, gerando dinâmicas de organização da produção, como associações e cooperativas, organizando os camponeses rumo a uma autonomia e resistência às dinâmicas do mercado, na luta contra o capital agrocomercial e agroindustrial. Logo, é a luta na terra que decreta o fim ou a continuidade atuante do movimento social na luta contra as diversas frações do capital, e de maneira efetiva, sua territorializacão.Downloads
Download data is not yet available.
Downloads
Published
2014-06-24
How to Cite
GONÇALVES, S. A luta pela terra e a (falsa) autonomia camponesa nos assentamentos rurais: a teoria da territorialização dos movimentos sociais revisitada . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 9, n. 18 Jun., 2014. DOI: 10.14393/RCT91826882. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/26882. Acesso em: 22 nov. 2024.
Issue
Section
2 - O campo no Brasil: movimentos sociais,conflitos e reforma agrária
License
Copyright (c) 2022 Revista Campo-Território
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.