Financeirização da agricultura e renda da terra
as megaempresas argentinas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT195775055Palavras-chave:
financeirização da agricultura, renda da terra, megaempresas argentinasResumo
O início do século XXI foi marcado pela presença ainda mais significativa do capital financeiro na agricultura e no mercado de terras mundial. As inversões destinaram-se a países de dinamismo agrícola e com a disponibilidade de espaços para a expansão da produção intensiva de commodities como o Brasil e a Argentina. Os investimentos não se restringiram aos tradicionais movimentos Norte-Sul, incluíram também inversões cruzadas entre países do Sul Global, como no caso sul-americano. Este artigo analisa a gênese e as estratégias transfronteiriças de acumulação da empresa argentina Cresud e de sua filial brasileira, a Brasilagro. Além de revisão bibliográfica, foram levantados dados primários por meio de entrevistas semiestruturadas e secundários em relatórios corporativos das empresas analisadas. O artigo revela como a associação entre megaempresas argentinas e o capital financeiro possibilitou uma expansão territorial, com movimentos transfronteiriças, assim como estreitou as lógicas de apropriação e especulação entre o imobiliário urbano e agrícola. Enfatiza também como a financeirização é um dinâmica inerente ao desenvolvimento capitalista ao demonstrar a indissociabilidade entre o capital rentista e produtivo, assim como a busca pela transformação da terra em ativo financeiro.
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