Assentamentos rurais e Educação do Campo
estudo comparativo de duas áreas no Norte do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT185171100Palavras-chave:
assentamentos rurais, MST, Educação do Campo, formação política e social, educação emancipatóriaResumo
O presente trabalho propõe uma análise comparativa entre dois assentamentos rurais situados no Norte do Paraná – o Eli Vive I (Londrina) e o Água da Prata (Tamarana) – especialmente no que tange ao grau de influência do modo capitalista de produção nas relações sociais no campo, determinado a partir do processo formativo dos assentados. O princípio da comparação se dá em razão do vínculo do Eli Vive I ao MST, conferindo-lhe como característica vital a construção de um modelo de educação firmado nos valores e nas necessidades do campesinato, que resulta na formação continuada dos indivíduos aptos a compreender e transformar a sua realidade e que associam teoria e prática, mantendo a lógica do campo e da militância. Verificou-se que tal posicionamento é fundamental para evitar o abandono dos lotes e manter a produção agroecológica. O MST defende, portanto, a educação emancipatória como ponto de partida, em que o êxito é atingido pela justiça social. No assentamento Água da Prata a realidade é bem distinta. A falta organização política, social e pedagógica foi fundamental para a imposição do modelo tradicional e urbano de educação. O cotidiano e os desejos são pensados dentro da lógica do modo de produção capitalista, do modo de vida urbano-industrial.
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