Reterritorialização precária de posseiros como aglomerados de exclusão em resistência à territorialização das relações capitalistas de produção no espaço geográfico agrário do norte tocantinense

Autores

  • Hudson Nascimento de Sousa Filho Universidade Federal do Pará
  • Alberto Pereira Lopes Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT174866458

Palavras-chave:

Agronegócio, Conflitualidade, MaToPiBa, Poderes, Territórios em disputa

Resumo

O presente artigo é fruto de reflexões materialistas históricas e dialéticas em torno do contexto expresso na estrutura e dinâmica do conflito e da conflitualidade emergentes na Gleba Tauá, município de Barra do Ouro-TO. Problematiza questões oriundas da expansão e territorialização do capital do agronegócio sobre os territórios dos tradicionais povos viventes no norte do Tocantins, encontrando-se em aglomerados de exclusão reterritorializados de forma precária. Estes resistem à medida que fazem da agricultura familiar seu modo de existência e resistência à frente pioneira da economia agroindustrial moderna na fronteira amazônica. Portanto, coube a esta pesquisa engendrar uma minuciosa análise sobre o conflito e a conflitualidade que violentam pessoas todos os dias no contexto do município de Barra do Ouro-TO.  Metodologicamente a estrutura quali-quantitativa desta pesquisa contou com levantamento de dados primários, fotografias e nove (9) entrevistas realizadas em duas (2) visitas a campo na comunidade da Gleba Tauá, além de revisão bibliográfica de literatura (geográfica e sociológica) relacionada ao tema dos conflitos socioterritoriais ocorridos na frente de expansão do agronegócio no Brasil. Com essência expressa na expropriação de posseiras/os que vivem neste espaço há mais de 60 anos para um exacerbado domínio e para a expansão do atual modelo monocultor agrícola, o do agronegócio, e seu insaciável plantio de commodities (soja, milho e eucalipto na maioria das vezes) – instaurado nas “sesmarias” do século XXI. Tal contexto nos leva a apontar a necessidade urgente da implantação de uma política de reforma agrária no Brasil, para que os camponeses deste país tenham seu acesso à terra livre para desempenhar seus trabalhos em sua totalidade, para não mais se omitir a existência de uma problemática social que mata pessoas todos os dias em nosso país, ao se negar a realização urgente da Reforma Agrária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hudson Nascimento de Sousa Filho, Universidade Federal do Pará

Programa de Pós-Graduação em Geografia, Altamira, Pará, Amazônia

Alberto Pereira Lopes, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Licenciatura Em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba(1991), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia(2001) e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo(2009). Atualmente é PROFESSOR da UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, Revisor de periódico da Revista de Geografia Agrária - Campo e território, Revisor de periódico da Revista de Direito da Cidade, Revisor de periódico da Contemporâneos: Revista de Artes e Humanidades (Online), Revisor de periódico da Bioikos, Revisor de periódico da Revista Ciência em Extensão, Membro de corpo editorial da Editora Sertãocult e Membro de corpo editorial da Revista Ciência em Extensão UNESP. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana. Atuando principalmente nos seguintes temas:Reforma agrária, Espaço geográfico.

Downloads

Publicado

28-11-2022

Como Citar

SOUSA FILHO, H. N. de; LOPES, A. P. Reterritorialização precária de posseiros como aglomerados de exclusão em resistência à territorialização das relações capitalistas de produção no espaço geográfico agrário do norte tocantinense. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 17, n. 48, p. 56–80, 2022. DOI: 10.14393/RCT174866458. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/66458. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos