Festa 13 de maio:
da identidade a territorialidade
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT153916Resumo
Estuda a Festa 13 de Maio da Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia (TO). Objetivou-se compreender essa tradicional manifestação cultural na construção do território simbólico que os levam a exercerem a territorialidade e como suas tradições são integradas ao território. Faz-se relevante o estudo, trazendo contribuições para as discussões que englobam as relações dos grupos étnicorraciais quilombolas com a natureza e sua apropriação para fins de modos de produção tradicional, assim como o estabelecimento de sua territorialidade ou a luta para alcançá-la, envolvendo relações de poder políticos e econômicos. A pesquisa possui caráter qualitativo, partindo de levantamentos em campo, realizamos revisão conceitual e temática e mobilizamos o método da História Oral. Compreendemos que a Festa 13 de Maio é uma territorialidade imaterial que fundamenta os direitos territoriais da comunidade quilombola em análise, que reivindicam o território concreto, é um elo entre o passado e o presente em que proporciona ao grupo a produção de fronteiras culturais que consolida a identificação como categoria social quilombola. Consideramos que a conservação e reprodução dos traços identitários dão um sentido de continuidade histórico-cultural e simbólica.